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GLOBOS

POR CARLOS RODRIGUES DIRETOR DO CM | CMTV

Acerimónia dos Globos de Ouro tem servido ao longo dos anos como uma espécie de reflexo do poder da SIC no mercado. Quando o canal está forte, os Globos exalam vida, energia e poder. Quando a SIC está mais fraca, a gala decai, entra em crise e depressão. Chegou mesmo a perder algumas vezes para a concorrência, o que é péssimo atendendo ao grau de investimento que é feito numa produção de uma só noite. Sob a gestão de Daniel Oliveira e Daniel Cruzeiro, a SIC tem conseguido ultrapassar todas as dificuldades económicas que a empresa enfrenta, e suplantou as sucessivas tentativas feitas pela TVI para reconquistar o castelo. Esta direção de programas afirma de forma recorrente a força do projeto com vitórias simbólicas, que cumprem igualmente a missão de desmoralizar os adversários. Foi de novo assim, domingo passado. Um espetáculo esfuziante, luminoso e animado, com o pequeno entrave das cadeiras vazias a partir de certa hora da noite, e que deverá ser resolvido no ano que vem. Foi um verdadeiro espetáculo de glamour e de conteúdo em harmonia perfeita, e que o público brindou com uma audiência muito boa. Os Globos tiveram também uma apresentadora da casa que vem da informação, a jornalista Clara de Sousa, e que se adaptou perfeitamente à missão, em mais uma prova de que a filosofia da direção de programas de Daniel Oliveira é prevalecente na empresa. Isso é bom para a SIC, porque dessa forma os profissionais envolvidos conseguem colocar o interesse geral da estação acima dos desígnios pessoais ou de cada departamento. Os Globos de Ouro foram um sucesso tremendo, e uma afirmação de força numa altura em que a TVI queria dar sinais de recuperação. José Eduardo Moniz lá estava, disciplinado, na plateia. Uma metáfora perfeita.

ATUAL | SIC

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2022-10-06T07:00:00.0000000Z

2022-10-06T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/283351886048375

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