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“Sinto-me NÁUFRAGA”

A jornalista entrou numa depressão profunda, após o desaparecimento dramático de André, e confirma a Goucha que ingeriu uma dose excessiva de comprimidos

TEXTO CAROLINA PINTO FERREIRA | FOTOS D.R.

Quase oito anos após a morte do André, Judite Sousa (61) voltou a abrir o coração para falar sobre o seu processo de luto, o tempo em que esteve afastada da televisão e da dor que é perder um filho, que a levou a tentar acabar com a própria vida. Em conversa com Manuel Luís Goucha, a pivô da CNN Portugal reconheceu que, por estar gravemente doente, com uma depressão, ingeriu uma dose excessiva de comprimidos e teve de receber tratamento médico de urgência. “Houve uma situação, que foi pública... Acontece com frequência quando se dá a morte de um filho. A morte de um filho não é a mesma coisa que a de um primo, prima, de um pai ou de uma mãe. A morte de um filho tem uma dimensão distinta. Muitas vezes, a pessoa cai em situações-limite isso aconteceu comigo.”

CRÍTICAS A MÉDICOS E DIRETORES DA TVI

A consagrada jornalista lamentou que ninguém a tenha impedido de trabalhar depois da morte do filho. Nem médicos nem os responsáveis pela TVI a alertaram para a necessidade de fazer o luto de André: “Quando o André faleceu, não houve ninguém, ninguém, a começar pelos médicos, que me dissessem que tinha de parar para fazer o luto do meu filho. E foi por isso que voltei a trabalhar em setembro, porque ninguém me disse que tinha de fazer o luto.” Emocionada, Judite Sousa definiu ainda a morte do filho como “um naufrágio”. “Sinto-me uma náufraga para a vida toda. Eu e o pai.” 

ESTRELAS

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2022-05-12T07:00:00.0000000Z

2022-05-12T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281865827065373

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