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Castro Daire: novo município, novo deslumbramento

Começa em Castro Daire a terceira etapa da nossa rota “Nacional 2 – Mais do que uma estrada”. Abrem-se as portas para uma descoberta inesquecível, que nos conduz pela história desta terra encantada, onde o tesouro da autenticidade harmoniza com a natureza.

Ao quilómetro 136, chegamos a Castro Daire, um município do centro do País que confina a norte com os concelhos de Tarouca, Lamego, Resende e Cinfães, a este com Vila Nova de Paiva, a sul com Viseu e a oeste com São Pedro do Sul e Arouca. Localizado no cume de um monte, o seu nome tem origem num antigo castro que se localizava na parte mais alta deste lugar. Com o tanto que há para ver e fazer, esta é uma visita que chega com garantia: não terá um minuto de aborrecimento. Aqui a natureza fala bem alto. Com uma notável biodiversidade e belíssimas paisagens onde convivem o vale, a serra, o rio e o planalto, Castro Daire é o destino ideal para os amantes da natureza. Miradouros não faltam, como o do Penedo da Saudade, mas basta ir a qualquer ponto mais elevado para nos deleitarmos com a descomunal beleza paisagística da região. Neste idílico cenário, há atividades para todos os gostos, dos percursos pedestres ao BTT ou aos desportos aquáticos e, nos dias de calor, nada melhor do que mergulhar nas águas calmas e refrescantes da Praia Fluvial da Folgosa, nas margens do rio Paiva. Existe, ainda, outro marco local: as Termas do Carvalhal.

E já começamos a sonhar passar uns dias neste cenário natural e ao mesmo tempo mimarmo-nos com os tratamentos termais numa das melhores estâncias do País. Fica para a próxima.

Nem só de paisagem natural vive Castro Daire e a prova é o seu vasto património arquitetónico.

A visita à Igreja Matriz de Castro Daire encerra muitas surpresas. A construção ter-se-á iniciado no fim do século XVII, para substituir uma igreja medieval com a mesma invocação (São Pedro) mas com dimensões mais reduzidas. Reza a lenda que a igreja medieval terá sido construída no reinado de D. Dinis, o qual terá ordenado que a pedra do antigo castelo – que não era mais do que a antiga muralha do povoado castrejo que deu origem à Vila de Castro Daire – fosse utilizada na sua construção. Na atual igreja dominam os estilos artísticos típicos do séc. XVIII, entre os quais o Barroco e o Rococó, e destaca-se o Altar das Almas. Da Capela das Carrancas, continuamos em direção Centro Histórico, onde se encontram o Pelourinho,o Solar dos Aguilares,a Casa dos Condes de Ferreira e o miradouro da Misericórdia.

O que também não quisemos perder? A Inscrição Romana do Penedo de Lamas, em Moledo, um texto gravado em pedra que já deu muito que falar, mas que continua a ser um mistério.

No fim do périplo, um mimo para o prazer da gula: o tradicional Bolo Podre.

A tradição, essa ainda é o que era. À medida que as horas corriam, maior a vontade de nos perdermos nesta terra orgulhosa das suas origens e rica em testemunhos do passado, onde os costumes, as tradições e os saberes de outros tempos ainda estão bem vivos nas gentes das suas aldeias. Cá voltaremos. Agora é hora de partir em direção ao próximo destino.

C - Studio | Especial N2

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2022-08-11T07:00:00.0000000Z

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