Cofina

Séries

Lembra-se de Tatiana Maslany e das suas muitas caras em Orphan Black? Ela está de volta como She-Hulk,a mais recente personagem a entrar no universo cinematográfico da Marvel. Estreia no Disney+ a 17 de agosto.

Por André Santos

She-Hulk, nova estrela da Marvel

As personagens femininas dão grandes super-heroínas. Depois de Agent Carter, Wanda Vision, Hawkey ou Ms. Marvel, chega agora ao streaming She-Hulk

AO FIM DE TANTAS séries da Marvel – e vale a pena contar com as produções da Netflix, que agora estão disponíveis no Disney+ –, é caso para dizer que as personagens femininas lhes assentam bem. Pense-se em Jessica Jones e na portentosa mensagem da primeira temporada sobre patriarcado – haverá alguma série que o tenha feito melhor na última década? –; ou na lufada de ar fresco que foi Agent Carter; ou mesmo em WandaVision e em como soube dar uma natureza própria televisiva à Feiticeira Escarlate; ou, ainda, em como Kate Bishop rouba o protagonismo a Clint Barton em Hawkeye e, muito recentemente, no fulminante sucesso de Ms. Marvel. Dito isto, há motivos bem fortes para estar entusiasmado com She-Hulk, a grande aposta da Marvel para o streaming deste verão.

O entusiasmo é tanto que She-Hulk tem direito a nove episódios na primeira temporada, feito só replicado por Wandavision – as restantes têm tido seis. A decisão justifica-se: a Marvel foi buscar uma atriz mais conhecida pelo seu trabalho em televisão para vestir a pele da heroína She-Hulk. Tatiana Maslany ganhou alguma notoriedade há cerca de 10 anos graças a Orphan Black, a série canadiana que sabia jogar bem com thriller, crime e ficção científica e que, apesar das suas cinco temporadas (2013-2017), deixou saudades, ou melhor, uma lacuna num tipo de ficção que raramente deixa boa memória na televisão. Entretanto passou por Perry Mason (HBO Max) e agora conquista um lugar que nem Hulk – nesta versão, interpretado por Mark Ruffalo – conseguiu: ter um programa em nome próprio.

Este Hulk, que só parece existir nos filmes de Os Vingadores e nos dos outros, também faz uma perninha em She-Hulk, ensinando Jennifer Walters (Maslany) a controlar a sua versão monstrinho verde. Há indícios, pelo subtítulo

Attorney At Law (isto é, Advogada) e pelos trailers, de que She-Hulk não quer ser só uma série de super-heróis, que serve apenas para fazer a ponte com tudo o que se passa no universo cinematográfico da Marvel – um defeito comum em algumas das outras séries.

Isto porque Jennifer Walters é uma advogada que defende casos que envolvem pessoas com superpoderes, algumas que até são inimigas do seu primo, Bruce Banner (ou Hulk, na sua encarnação heróica), como Abominável (interpretado na série por Tim Roth).

Ou seja, esta é mais uma advogada do universo da Marvel, a juntar-se a Matt Murdock (Charlie Cox), o Daredevil – isto é, o Demolidor –, que, obviamente, surge em She-Hulk série com toda a conveniência: uma nova série do Demolidor foi anunciada há dias, com estreia marcada para 2024.

Tatiana Maslany sabe como tornar estas personagens fascinantes e adequadas, por isso é de esperar humor e um confronto bem elaborado entre a pessoa Walters e a sua versão She-Hulk. Portanto, mesmo que sinta alguma fadiga da Marvel – é um fenómeno universal, não se apoquente –, dê o benefício da dúvida a She-Hulk: A Advogada. Tem todos os ingredientes para valer a pena. ●

Esta é mais uma advogada do universo da Marvel, a juntar-se a Matt Murdock, o Demolidor. Também ele surge em She-Hulk e terá uma nova série em 2024

Sumário

pt-pt

2022-08-11T07:00:00.0000000Z

2022-08-11T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/283364770834244

Cofina