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ROMARIA D’AGONIA PARA SER VIVIDA E SENTIDA NO CORAÇÃO

Está a chegar a Romaria d’Agonia, a rainha das romarias. As Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia são o expoente máximo das tradições, dos usos e costumes de Viana do Castelo. Depois de dois anos de saudade, a Romaria regressa à grandiosidade habitual e acontece entre os dias 17 e 21 de agosto.

São as pessoas, as memórias, a tradição, a fé e a alegria que formam o “coração” que todos os anos faz pulsar a maior romaria de Portugal. A festa vianense não é só para ser vivida, mas também para ser sentida e levada no coração. Entrar na Romaria é sentir a genuinidade dos que trabalham em total dedicação nos vários quadros. As procissões, os desfiles, os festivais que compõem a festa, todos os anos, tornando-a verdadeiramente única. O Desfile da Mordomia é um dos destaques, que já é apelidado como a maior montra de ouro ao ar livre. E nem só do traje, com as várias cores consoante a freguesia e o estatuto, vive este desfile, já que que o ouro que adorna a beleza destas mulheres é ‘obrigatório’, variando apenas a quantidade. O fogo-de-artifício e a inesquecível serenata são outros momentos que cativam milhares e que apaixonam vianenses e visitantes, ano após ano. O folclore, os cabeçudos e gigantones ao som dos Zés p’reiras, o arraial espontâneo, as procissões e o cortejo, são parte integrante de todo o programa que faz desta festa um dos ex-libris da região.

Uma festa secular que não pára de crescer

As origens da Romaria d’Agonia remontam a uma via-sacra referenciada em documentos do século XV. Nesse local foi construída, em 1674, a Capela do Bom Jesus do Santo Sepulcro. A devoção surgiu em 1751, quando a imagem da santa entrou na capela, o que fez aumentar de forma considerável o número de promessas e ofertas. A igreja dedicada à santa começou a ser construída em 1774 e, nove anos mais tarde, a Sagrada Congregação dos Ritos concedeu licença para que todos os anos pudesse ser celebrada naquele local, a 20 de agosto, uma missa solene, dia que, ainda hoje, é feriado municipal. Nos moldes próximos dos atuais, a festa surgiu em 1823 e o primeiro desfile do traje surgiu em 1906. Dois anos depois o programa incluiu, pela primeira vez, a parada agrícola, antecessora do atual cortejo histórico-etnográfico. Em 1968, realizou-se a primeira Procissão ao Mar, outro dos números mais emblemáticos. Também a Feira Franca da festa é bem antiga, celebrando, nesta edição, os 250 anos de existência.

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2022-08-11T07:00:00.0000000Z

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