Cofina

Altos e baixos, mas sempre poderes

Há momentos em que estes poderes fácticos conhecem fragilidades e limitações, mas no essencial “mandam” em Portugal e de forma significativa no Estado, sem qualquer outra legitimidade que não seja o seu próprio poder, e a sua influência prévia. Não há em democracia um poder de Estado puro, o que significa que é natural que haja poderes e interesses em presença, principalmente quando eles traduzem mecanismos de popularidade e de opinião, como é o caso da Igreja e do futebol, ou dominem sectores fundamentais da vida social, como é a economia. Ocasionalmente, o poder político tenta controlar e limitar estes poderes fácticos, muitas vezes sem verdadeiros resultados. Foi o caso, por exemplo, do chamado “totonegócio” no futebol, ou a resistência estatal às reivindicações dos colégios privados, na sua maioria com ligações à Igreja, ou da legislação destinada a controlar instituições que assumem poderes corporativos, actuando em conjunto com os interesses privados. Mas, se parece haver um poder de contenção, nem por isso a capacidade do poder político vai muito mais longe, quer por vontade, quer por cumplicidade. ●

Opinião

pt-pt

2022-08-11T07:00:00.0000000Z

2022-08-11T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/282213719598916

Cofina