“Em Portugal há cerca de 1,9 milhões de agregados familiares com filhos, com pelo menos 3,3 milhões de pessoas com direito de voto. E, no entanto, a Educação não é assunto num debate eleitoral entre os líderes dos dois maiores partidos. É fascinante”, escreveu o politólogo Pedro Magalhães no Twitter. O debate entre Rui Rio e António Costa não tocou nas escolas e o ensino foi muito pouco debatido – se retirarmos o tempo gasto a debater a disciplina de Cidadania (tema levantado pelo CDS) –, menos que a mediática fatura pública na TAP. Outro grande tema, a habitação, teve várias menções em debates, mas sempre de fugida (nunca mais de um minuto e meio seguido num debate) e com menos minutos, no total, do que de um projeto-piloto para o Rendimento Básico Incondicional (RBI). Excluindo as reivindicações de André Ventura por penas mais altas e prisão perpétua, falou-se seis minutos e meio de política de Justiça, todos no debate entre António Costa e Rui Rio – quase tanto como sobre… o RBI. Os partidos pequenos focaram-se em temas de nicho – do RBI à prisão perpétua – para captar eleitores.