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Almanaque As frases, as omissões e os segredos dos debates eleitorais

Tanto debate a falar de quê? Como diria um assessor de Bill Clinton, “é a economia, estúpido”. O dinheiro no bolso, próprio (salários) ou do Estado (impostos), ocupou o topo da agenda, com a política de alianças.

Por Bruno Faria Lopes

Vimos todos os debates, contámos os tempos e fizemos o ranking de temas para saber afinal do que falaram os nove líderes de partidos com assento parlamentar. Dois assuntos disputaram quase ao minuto o topo da agenda nos 30 frente a frente: por um lado, a governabilidade do País (ou seja, a política de alianças partidárias antes e depois das eleições), por outro, os impostos (mas falou-se pouco de despesa). O tema dos impostos – com os partidos a defenderem reduções, mas diferindo muito no caminho – cruzou-se frequentemente com o quarto assunto mais debatido, o dos salários, o que o põe mesmo no topo dos assuntos nesta maratona de debates (em regra, nos debates com o PSD e a IL o tema foi mais falado). A seguir a impostos e governabilidade, o terceiro grande tema foi o SNS – em todos os debates com o PSD e o BE, a Saúde ocupou espaço e, em todos os debates em que participou, António Costa esteve à defesa nesta área. A TAP foi tema em vários frente-a-frente, mas ocupou menos tempo do que, por exemplo, o clima (muito por causa do PAN e do Livre). A economia – nas suas declinações de impostos, trabalho, modelo económico ou TAP – foi, de longe, o tema-chapéu dominante.

Sumário

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2022-01-20T08:00:00.0000000Z

2022-01-20T08:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/282333978280210

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