AS 7 GRANDES TENDÊNCIAS DA RENTRÉE:
MALHAS
As matérias-primas protetoras e aconchegantes como as malhas e o couro são uma das chaves desta temporada. Malhas da cabeça aos pés. Já não é só a camisola ou o cardigan, são vestidos, saias, calças, gorros (estilo baklava) de fazer esqui. O couro também deixa de ser usado apenas nos casacos, transforma-se em qualquer peça de roupa, em especial minissaias e calças.
aquilo que o público procura, quase como se uma bolsa de valores se tratasse.
A sigla YOY significa “Year over Year”, transita do mundo financeiro e pode ser traduzida como a taxa de variação homóloga, que permite comparar dados, perceber a diminuição de certas tendências, perceber que é preciso descarregar no mercado os jeans
O objetivo dos gigantes como a Sheine, a Primark ou a Inditex é colocar as tendências das redes sociais nas lojas – e com isto ignoram os criadores
Jumbo, o vestido viral de uma influencer ou tik-toker, ou replicar uma peça de roupa que uma modelo usou para ir ao café em Nova Iorque.
É pois, entre este realismo criado na era digital, em que tudo é efémero (talvez diletante?), e as eternas peças de
alfaiataria criadas por Vitória Beckham ou os “trench coats e fatos unissexo em lamés e fazendas jacquards com padrões florais ou brilhos metálicos” de Luís Carvalho, que se joga o futuro da moda. Moda essa que é uma das indústrias mais rentáveis e poluentes do mundo.
GRANDEZA E OTIMISMO; EIS AS PALAVRAS DE ORDEM
Na temporada outono/inverno para 21/22 apresentada no início deste ano desfilaram nos ecrãs de todo o mundo cerca de 230 coleções, entre Nova Iorque, Londres, Milão e Paris. Dos milhares de peças criadas os criativos, os marketeers, os influencers e os famosos extraem algumas das propostas, multiplicam-nas, publicitam-nas, colocam-nas nas montras reais e digitais onde, como diz à SÁBADO Alessandro Pulcini, “se tornam fer- Q
Q ramentas de busca da beleza”. Porém, a moda é cada vez mais um ambiente altamente politizado onde, através das redes sociais, os modelos se engajam em causas como o feminismo, a transexualidade, a ecologia, o racismo. Tornoucas -se comum ver as modelos mais famosas, como as irmãs Bella e Gigi Hadid, militarem na causa palestiniana, por exemplo. E mesmo os instagramers, youtubers e tik-tokers já perceberam que não podem ser apenas bone
de luxo. O criador português Luís Carvalho disse à SÁBADO que a sua coleção Aurora se inspira “nos céus noturnos das zonas mais a norte da terra. Assim, das formas orgânicas e gráficas da Aurora Boreal”. Mas, com esta coleção, também ficam implícitas algumas posturas políticas, a saber: “Algumas das peças e
dos looks são criados sem atribuir necessariamente uma identidade de género, podendo ser unissexo e dando assim liberdade às pessoas que as compram de lhe atribuírem o género que quiserem.”
Estamos, portanto, a viver um momento charneira, entre a tempestade pandémica e a bonança de que muitos dias melhores virão. Uma coisa é certa: os dias de sofá e fato de treino ou roupa desportiva são para deixar para trás.
Para quem gosta de se pavonear pelas ruas sem passar despercebido, este é o tempo certo: temos saudades das festas, dos amigos, de dançar e isso, em linguagem de moda, traduz-se em roupa de festa para usar dia e noite: lantejoulas, muitos dourados, muitas cores vitaminadas como os fúchsia, verdes, vermelhos, azuis e lilases, que será a cor rainha deste inverno. W
A moda é cada vez mais um ambiente politizado onde, através das redes, os modelos se engajam em causas como o feminismo, a transexualidade, a ecologia ou o racismo
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2021-09-23T07:00:00.0000000Z
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