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A luta da comunidade LBGBTQ+ em Pride, no Disney+

Pride olha para a luta de pessoas LGBTQ+ ao longo das mais recentes seis décadas. Falámos com as produtoras da série cujos seis episódios estão disponíveis a partir de 25 de junho no Disney+.

Por André Santos

do Orgulho, chega à Disney+ uma série documental que conta a história da luta dos direitos das pessoas LGBTQ+ nos Estados Unidos da América, desde 1950 até hoje, ao longo de seis episódios. Pride devora-se de seguida – apesar de cada episódio ter uma hora –, graças ao bom ritmo e à separação de episódios por década, cada um a cargo de um realizador.

Numa conversa via Zoom com duas das produtoras executivas de Pride, Christine Vachon e Alex Stapleton, Christine explicou a divisão: “Era uma forma de contar uma história que não é linear. Não queríamos ter um conjunto de imagens de arquivo. Separar por décadas e dar oportunidade a cada realizador de mergulhar numa década foi o modo mais eficaz de lhes permitir pensar nessas décadas e de encontrarem personagens que contassem as suas histórias.”

Alex Stapleton acrescentou: “Isto também é a história dos Estados Unidos. Não podemos pensar na história LGBTQ+ como ‘vamos meter a história numa caixa, num canto, sem a relacionar com algo’. Separar por décadas foi uma maneira de ter uma conversa sobre o

Para não depender exclusivamente de imagens de arquivo, Pride apoia-se em eventos mas também em depoimentos, tornando-se assim mais pessoal

que se passava nos Estados Unidos na altura. Porque houve sempre forças antagonistas – que se vão repetindo ao longo do tempo. É importante perceber o progresso, as conquistas na igualdade, nos direitos, mas também olhar para as forças governativas, seja o governo ou a direita conservadora e religiosa. Essas forças usam táticas repetidamente e falar disso é importante para se perceber melhor que temos heróis na comunidade e um longo legado de combate a essas forças.”

Apesar de os eventos serem a estrutura base de cada episódio, cada um deles torna-se pessoal de forma inesperada. Pride não quer falar apenas do passado, quer também mostrar os avanços e recuos na conquista dos direitos: “Sim, há uma tentativa de reverter a história e quem o quer é muito público em relação a isso. Já nada é feito no escuro. Já se reverteram algumas coisas e há cada vez mais uma vontade de manter as pessoas ignorantes. Foi também por isso que quis fazer parte desta série, para mostrar que podemos crescer e ganhar força ao ver o que as outras pessoas fizeram no passado”, remata Alex. W

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2021-06-24T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/282733409832271

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