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Por Catarina Moura e Filipa Teixeira

A moda estrangeira chegou aos vinhos portugueses que querem conquistar a Geração Z. Provámos os mais recentes lançamentos no mercado do vinho em lata e contamos-lhe, na primeira pessoa, como é trocar o saca-rolhas e o pé alto pelo refrescante alumínio.

LÁ FORA é um mercado em crescendo. Cá dentro, o vinho em lata dá os primeiros passos, mas as marcas estão entusiasmadas. Será a próxima sensação do verão?

Corria o ano 1936 quando os primeiros vinhos em lata apareceram nos Estados Unidos, mas foi nos anos 2000 que a prática ganhou expressão. No início do milénio, a Rich Prosecco apostava em Paris Hilton

Corria o ano 1936 quando os primeiros vinhos em lata apareceram nos Estados Unidos, mas nos anos 2000 a prática ganhou expressão

para promover as suas latas douradas e na última década o fenómeno explodiu nos EUA, à boleia da Mancan, um polémico vinho de lata que afirmava ser para homens de barba rija.

Género à parte, o vinho em lata aponta para um público jovem que se deixa conquistar pela facilidade com que uma lata se leva para a praia ou para um convívio ao ar livre. Segundo a consultora Grande View Research, o mercado global do segmento está avaliado em 211 milhões de dólares (177 milhões de euros) e espera-se que até 2028 cresça 13,2%.

Nisto, Portugal é novato. O seu primeiro vinho enlatado apareceu em 2016: foi o Flutt, espumante da Bairrada. Só agora é que as movimentações

têm sido mais óbvias, com marcas de peso como o Gazela e o Gatão a mostrarem lata. “Uma vez que o mercado português é um bocadinho conservador, as vendas superaram completamente as nossas expectativas. Numa semana vendemos mais de 100 mil latas”, diz Ana Montenegro,

Para abrir o Vinho do Porto a um público mais jovem e que procura soluções ready to drink,o Instituto do Vinho do Porto criou o selo Portonic

diretora de comunicação da Sociedade Vinhos Borges, detentora da marca Gatão.

Também o vinho do Porto anda atento à tendência: “Fizemos um trabalho de dois anos junto do Instituto do Vinho do Porto para os convencer de que isto é importante para o setor”, refere Ana Margarida Morgado, relações-públicas do grupo The Fladgate Partnership. Para “tirar as teias ao Vinho do Porto”, abrindo-o a um público mais jovem e que procura soluções ready to drink, o Instituto criou o selo Portonic que acompanha as mais recentes novidades do setor em latas. Estão para breve os lançamentos do Offley Porto Clink Branco e do Cockburn’s Porto Branco & Água Tónica. W

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2021-06-24T07:00:00.0000000Z

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