O FC Porto voltou a marcar passo na luta pelo título e está agora a dez pontos de distância do líder Benfica. Com efeito, a revalidação do estatuto de campeão nacional parece cada vez mais uma miragem, mas nem assim Sérgio Conceição desarma. Apesar do fosso que se cavou para o primeiro lugar, o técnico não atira a toalha ao chão e promete ambição e entrega até final. “Nesta casa, neste clube, nunca se atira a toalha ao chão. Estamos longe, mas temos nove finais. Sempre de cabeça erguida e o máximo de empenho. Assim espero que toda a gente continue, e não venham com mensagens para dentro e para fora, toda a gente é toda a gente, seja quem ama o FC Porto ou trabalha dentro do FC Porto”, disse o técnico, antes de lembrar que “é em maio que se fazem as contas”.

Por outro lado, Sérgio Conceição teceu palavras de elogios aos jogadores, que “deixaram tudo no relvado”, mas lamentou alguma falta de “clarividência” no momento da definição que, uma vez mais, voltou a ser penalizadora para os dragões, tal como havia acontecido diante do Inter, para a Liga dos Campeões. “Neste momento, para aquilo que criamos, somos muito pouco eficazes a nível ofensivo. Uma equipa grande, com as oportunidades que criámos nos últimos dois jogos... Não podemos ter dois jogos seguidos a zero. Não faz parte... O golo está caro”, referiu o técnico, prosseguindo com a mesma ideia: “Há situações incrivelmente más a nível da definição. Há algumas situações no último terço do campo em que temos de definir de forma fácil, sem oposição, e falhamos.” Relativamente ao resultado, o treinador do FC Porto considerou que, a haver um vencedor, teriam de ser os portistas, ainda que o Sp. Braga tenha criado uma oportunidade que mataria o encontro sobre o apito final. “Ficou demonstrado que somos uma equipa muito competitiva. As ocasiões mais flagrantes foram nossas. Se saíssemos daqui com uma vitória eu acharia que era justo. Na parte final, se o Sp. Braga fizesse o golo, era futebol. Foi um bom jogo entre duas boas equipas. Temos de continuar aquilo que é o trabalho, naquilo que somos nós como equipa e como clube”, apontou.

Irritação e mudanças

Não obstante os elogios à equipa, Sérgio Conceição não escondeu a irritação com a prestação na primeira parte, tanto que fez duas alterações ainda antes do intervalo. No final, o técnico abordou o tema, mas desvalorizou-o. “Abordagem? Não ficou longe. O treinador está aqui para mudar, seja aos 10, aos 15 ou aos 90 minutos”, afirmou.

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“NESTA CASA, NESTE CLUBE, NUNCA SE ATIRA A TOALHA AO CHÃO. ESTAMOS LONGE, MAS TEMOS NOVE FINAIS”