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LATERAL DIREITA SEM DONO

Nenhum dos laterais fez parte do onze em pelo menos metade dos jogos. Allianz Cup confirma a rotação

Não há forma de o lado direito da defesa do FC Porto estabilizar e a jornada inaugural da Allianz Cup, frente ao Mafra, não contribuiu para tranquilizar Sérgio Conceição. Rodrigo foi aposta inicial, mas ao intervalo cedeu o seu lugar a João Mário, que se apresentou uns furos acima do seu concorrente. Ainda assim, esteve longe de fazer uma exibição convincente. Uma intermitência que se vem arrastando e tem levado o técnico a optar por Pepê sempre que o nível de dificuldade

sobe, o que transforma uma posição tão importante na equipa num carrossel. Embalado pela boa época passada e pelo seu contributo para a conquista do campeonato, Taça de Portugal e Supertaça, João Mário teve a primazia no arranque desta temporada, mas face ao seu sub-rendimento e alguns problemas físicos acabou por perder espaço, numa primeira fase para Pepê, e em segunda instância para Rodrigo Conceição. Tendo acabado o jogo diante do Mafra num nível mais próximo da sua qualidade, é provável que venha a ser titular em Chaves, na próxima semana.

Seja como for, nos 23 jogos realizados pelos campeões nacionais até ao momento, nenhum dos referidos laterais fez sequer metade dos encontros a titular. O melhor registo pertence a João Mário, com uma dezena se presenças no onze, seguido pelo polivalente Pepê. Uma opção discutível, mas que Sérgio Conceição já explicou: “Quando joga atrás inicia muitas situações de ataque em que chegamos com perigo à área adversária, através da qualidade que tem de aparecer de trás para a frente. Nas provas internas estamos muitas vezes em ataque posicional, em que um lateral nosso é praticamente um ala, e temos de olhar para isso.” Sendo assim, as previsões apontam para que o carrossel continue em plenas funções.

* 1 de dezembro de 2022

com êxito no caso de Jesús Corona, seguindo o exemplo de Ricardo Pereira.

Na sua primeira época no comando dos dragões, Sérgio Conceição potenciou ao máximo as capacidades de Ricardo Pereira, que já vinha moldado do Nice, fazendo dele um lateral-direito de eleição, ao ponto de o FC Porto ter vendido o seu passe ao Leicester por 20 milhões de euros. Na temporada seguinte, foi a vez de Corona ser experimentado nessa posição pela primeira vez. A aposta resultou e manteve-se em futuras campanhas, ajudando a dar maior profundidade ao corredor direito. João Mário estava na frente da fila para agarrar o testemunho, mas o início desta época foi titubeante, deixando o corredor à mercê dos concorrentes.

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2022-12-01T08:00:00.0000000Z

2022-12-01T08:00:00.0000000Z

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