çMuitos esperavam a saída de Ricardo Soares do Gil Vicente após uma época em que conduziu o clube ao 5.º lugar e a um apuramento inédito para as provas europeias – e com a valorização de vários jogadores. O que nem todos esperavam era que o destino final de Ricardo Soares fosse o Al Ahly (Egito). E não foi por falta de interessados. Clubes de Espanha, França, Brasil e Qatar sondaram o treinador, mas nenhum tinha, na opinião de Ricardo Soares, o que o Al Ahly tem: a possibilidade de ganhar títulos, o seu grande objetivo. Estamos a falar de um clube que já conquistou 113 troféus nacionais (42 campeonatos) e 29 internacionais (incluindo a Liga dos Campeões africanos). Para já, é finalista da Taça do Egito, já com o contributo do português, e 3.º no campeonato, a 7 pontos do Zamalek de Jesualdo Ferreira. Outro dado que não deve ser ignorado é a dimensão do Al Ahly, eleito clube africano do século, e seguido por milhões de adeptos. Quer um exemplo? O português criou página no Twitter na sexta-feira e domingo já tinha 39 mil seguidores; no Instagram passou de mil para 48 mil em poucos dias. Lutar por títulos num gigante e ter visibilidade são, claramente, argumentos compreensíveis.

47

ANOS E UMA CARREIRA DE TREINADOR QUE COMEÇOU EM 2005. AL AHLY É UM DESAFIO MUITO INTERESSANTE