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VILÃO DO PELOTÃO REDIME-SE A GANHAR

Groenewegen conquista etapa, a primeira no Tour desde o acidente com Jakobsen em 2020

ALEXANDRE REIS

Um dia depois do holandês Fabio Jakobsen (Quick-Step) conquistar a 2ª etapa do Tour, o compatriota Dylan Groenewegen (BikeExchange) respondeu na mesma moeda, mas a admiração por estes sprinters de eleição é bem diferente. Tudo por causa da fatídica 1ª etapa da Volta à Polónia’2020, onde a dupla se viu envolvida numa queda que provocou graves lesões a Jakobsen – ficou desfigurado –, admirado pela capacidade de recuperação, enquanto Groenewegen tornou-se no maior vilão do pelotão, sendo suspenso nove meses, o castigo mais pesado de sempre sem ser por doping. “Foi longo caminho. Quero agradecer à equipa, família e amigos por trazerem-me de volta ao Tour em boa forma. É lindo”, disse Groenewegen, após somar a quinta vitória na Volta a França, a primeira desde que caiu em desgraça. Groenewegen, de 29 anos, dedicou o triunfo à mulher e ao filho, que também viveram o drama: “O que aconteceu foi duro. Esta vitória significa muito para mim e para eles.”

Já Wout van Aert foi 2º na ligação

“FOI CAMINHO LONGO E DURO. AGRADEÇO À EQUIPA, FAMÍLIA E AMIGOS POR TRAZEREM-ME DE VOLTA” DISSE O HOLANDÊS

Vejle-Sonderborg (182 km), última em solo dinamarquês, e reforçou a liderança na geral, mas também na condição de vilão, pois o eslovaco Peter Sagan (4º), da TotalEnergies, apontou-lhe o dedo, acusando-o de um encosto no frenesim do sprint. Mas o maior lamento do belga da Jumbo foi não ter ganho: “Já não tem piada ser segundo em três dias consecutivos.”

Nelson cede 33 lugares

Uma queda a 11 km da meta fez com que Nelson Oliveira perdesse 39 s e descesse 33 lugares na geral (é 84º, a 1.37 m), mas sem grandes consequências para o olímpico da Movistar, que deu conta do estado de espírito nas redes sociais: “Foi uma etapa nervosa como se esperava. Chegou a hora de voar para França, seguindo-se o dia de descanso.”

Quanto a Ruben Guerreiro (EF), que caíra na véspera, perdeu 3.27 m, mas deixou o último lugar, dando conta da saúde: “Não parti nada, mas tenho o corpo sem pele do lado esquerdo, passei mal a noite, vai ser um dia de cada vez, sem desistir.” O Tour prossegue amanhã, com a 4ª etapa (Dunkerque-Calais, 171,5 km) já em França.

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2022-07-04T07:00:00.0000000Z

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