Os clubes de futebol irão passar a ter um limite no número de jogadores emprestados a partir da próxima época, anunciou esta quinta-feira a FIFA em comunicado. De acordo com a instituição que rege o futebol mundial, a partir de 2022/23, todos os clubes só poderão emprestar um máximo de oito jogadores, bem como só poderão contar com oito atletas cedidos. Esse número será reduzido para sete a partir de 2023/24 e ficará definido em seis em 2024/25, pelo que as federações nacionais têm um período de três anos para implementar as novas regras. No entanto, os jogadores até aos 21 anos ficam isentos das novas medidas, para além de jogadores formados no clube com o qual estão sob contrato. Será requerido, também, um acordo escrito com os termos da cedência, a sua duração e as condições financeiras.

A FIFA acrescentou ainda que todos os empréstimos terão de ter uma duração mínima de seis meses (o que coloca um ponto final às cedências temporárias, algo que é muito comum nas divisões inferiores em Inglaterra) e a duração máxima de um ano, pelo que as cedências de duas

NÚMERO DE EMPRESTADOS SERÁ REDUZIDO PARA SETE EM 2023 E DEFINITIVAMENTE PARA SEIS A PARTIR DE 2024

temporadas, bastante utilizadas nos últimos anos para evitar o fair-play financeiro, deixarão de poder acontecer. “Com estas medidas, a FIFA quer desenvolver os jovens jogadores, promover o equilíbrio competitivo e evitar a acumulação de jogadores nos clubes, uma situação que tem sido cada vez mais frequente”, pode ler-se no comunicado emitido pela FIFA. A instituição espera que as novas regras entrem em vigor a 1 de julho deste ano e irá também limitar os empréstimos entre os mesmos dois clubes, com um máximo de três jogadores para receber e para ceder entre cada um. Todas estas medidas fazem parte de uma reforma geral do sistema de transferências que o organismo iniciou em 2017, mas que acabaram por ser atrasadas devido à Covid-19.

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