O técnico Armando Evangelista deu corpo ao contexto conturbado que o Arouca atravessa por força do surto de Covid-19 que não só forçou o adiamento do jogo frente ao Estoril, na última jornada, como limitou a preparação à receção aos encarnados, mas também projetou um desenrolar com audácia e criatividade para conseguir “surpreeender o Benfica”.

“São tempos atípicos e as dificuldades são públicas, mas não somos nem nos vamos fazer de coitadinhos. Somos homens, queremos tentar surpreender e, embora cientes do grau de dificuldade que se apresenta, certamente teremos uma palavra a dizer”, justificou o técnico, garantindo que a sua principal preocupação foi aquilatar a disponibilidade dos seus jogadores: “Para este tipo de jogos o grau de motivação é sempre elevado, pelo que o problema foi reunir todo o grupo e preparar o jogo com o rigor que ele justifica. Houve atletas que só fizeram um treino. É uma condicionante que me levanta dúvidas sobre a disponibilidade física necessária para corresponderem à exigência que este desafio implica.”

Contexto que conduziu o treinador a defender a necessidade de mais tempo de trabalho, mas também a aceitar as regras em função do que está estipulado nos regulamentos. “Gostava de ter mais tempo para perceber a condição dos jogadores, até porque houve uns que tiveram sintomas e outros não, mas todos os clubes aceitaram as condicionantes e resta-nos ir para a frente e ter criatividade para arranjar soluções”, asseverou o técnico, garantindo que uma eventual irregularidade nos encarnados “não é trunfo para o Arouca”: “O importante é o foco nas nossas soluções e não naquilo que, hipoteticamente, o adversário poderá estar a passar”.

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“SÃO TEMPOS ATÍPICOS E AS DIFICULDADES PÚBLICAS, MAS SOMOS HOMENS E QUEREMOS TENTAR SURPREENDER”, DISSE