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KPMG contrata 500 pessoas até setembro

De um ano para o outro, a força de trabalho aumenta em 38%, dando corpo a uma nova estratégia da consultora em Portugal, que também passa por um novo centro de excelência cofinanciado pela casa-mãe. Metade do recrutamento vem direto das universidades.

VÍTOR RODRIGUES OLIVEIRA vitoroliveira@negocios.pt

AKPMG Portugal, que atualmente emprega cerca de 1.300 pessoas, vai dar um salto este ano para cerca de 1.800 colaboradores. As contratações serão feitas até outubro, quando começa o ciclo económico na empresa.

Ao Negócios, Vítor Ribeirinho, presidente executivo da consultora, diz que são os primeiros passos para implementar “o novo ciclo para os próximos cinco anos, que começou na KPMG em outubro” e que implicou uma reformulação estratégica.

A empresa está a apontar para um crescimento na ordem dos 50% nos próximos três anos, visando uma faturação de 170 milhões de euros em 2024, face aos 112 milhões do ano passado.

Por um lado, a empresa quer recrutar novo talento: “Dessas 500 pessoas, 250 virão das universidades”, avança Vítor Ribeirinho, esclarecendo que não são estágios, mas contratações efetivas. Desses novos colaboradores que vão ter o primeiro emprego na KPMG, “cerca de 60% já têm contrato fechado e vão entrar na empresa a 3 de outubro”.

“Os outros 250 são pessoas com experiência, distribuindo-se transversalmente pelas três áreas de negócio: auditoria, tax e advisory”, adianta ainda o CEO da consultora. Entre estes, já foram fechados contratos com 120 trabalhadores até 30 de abril.

“A distribuição destas pessoas segue mais ou menos a distribuição do negócio da firma, ou seja,

Isto vai permitir olhar para a geografia nacional com perspetiva de diversificação e descentralização. (...) É expectável que nos próximos anos a KPMG possa também abrir centros de desenvolvimento tecnológico nalgumas regiões do país.

“VÍTOR RIBEIRINHO CEO da KPMG Portugal

cerca de 50% serão consultoria, particularmente na área tecnológica”, à boleia de um “centro de excelência” que vai implicar um coinvestimento com a KPMG internacional de 6 milhões de euros este ano. No âmbito deste projeto está em causa a contratação de 105 pessoas até 30 de setembro, num total de 200 colaboradores.

A mão de obra será contratada “fundamentalmente em Portugal”, mas Vítor Ribeirinho esclarece que no caso do centro de excelência haverá contratações noutros países europeus.

“Isto vai permitir olhar para a geografia nacional com perspetiva de diversificação e descentralização”. Ou seja, “é expectável que nos próximos anos a KPMG possa também abrir centros de desenvolvimento tecnológico nalgumas regiões do país”. Na semana passada foi inaugurado o parque do Alentejo de ciência e tecnologia, onde “a KPMG vai ter um polo de desenvolvimento tecnológico”.

Outra área que deverá expandir “é ‘outsourcing’ mais abrangente de toda o ‘reporting’ financeiro, auditoria interna, etc.”.

Já no caso da auditoria, é “o mercado emergente em matéria de ESG [ambiente, social e governo de sociedades]” que abre novas perspetivas. “O setor financeiro e as grandes empresas, nomeadamente as cotadas em bolsa, estão muito apostadas em desenvolver essa área e para fazer face à crescente procura no mercado, a KPMG está empenhada em investir e aumentar o número de pessoas que está afeto a essa área”, afirma o CEO da empresa.

A KPMG Portugal vai ainda avançar já em maio com um novo modelo de trabalho (programa Kwork-flex), para que haja dois ou quatro dias em teletrabalho, dependendo dos departamentos.

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2022-05-17T07:00:00.0000000Z

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