A promessa de entrega de produtos por drones não é algo totalmente recente. Já em 2013 Jeff Bezos, presidente da Amazon, tinha falado numa primeira aproximação da companhia a este tipo de opção, assegurando então que pretendiam fazer entregas desta forma até 2018. O prazo não foi cumprido, mas a intenção estava lá. E, na verdade, a Amazon assegurou já uma licença por parte da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) para avançar com este seu projeto.

A companhia tem feito grandes investimentos numa rede logística que vem permitir a entrega rápida de produtos adquiridos pelos seus clientes através da rede Prime Air, via drones. Com esta nova autorização, a multinacional vai passar a despachar drones totalmente eletrónicos usados na entrega de produtos aos clientes.

Não é só a Amazon que está atenta a esta possibilidade. Também em 2020, a UPS obteve aprovação das autoridades federais norte-americanas para passar a operar uma espécie de “linha aérea de drones” que vão facilitar a entrega de produtos. Outras empresas, da Google ao Youtube até pequenas start-ups como a Alphabet estão já a investir neste campo.

As primeiras experiências e projetos-piloto estão no ar. A Natura e a Avon são exemplo disso, tendo iniciado testes com entregas de produtos por meio de drones. O objetivo é melhorar a experiência de entrega e, ao mesmo tempo, contribuir para alcançar as metas de redução nas emissões de carbono até 2030.

Em Portugal foram também dados os primeiros passos neste campo. Uma das responsáveis é a Connect Robotics, uma start-up incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e que conta com o apoio do centro de incubação da Agência Espacial Europeia (ESA BIC) e das autoridades portuguesas para explorar o potencial desta tecnologia no setor da Saúde. Para já, foram apenas entregues medicamentos em zonas isoladas e foi ainda feito o transporte de amostras de sangue.