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REN com base de ativos menor vê lucro cair 14% no semestre

ANA SANLEZ

A REN - Redes Energéticas Nacionais chegou ao fim do primeiro semestre com uma descida homóloga dos lucros de 14,2%, para 39,5 milhões de euros. Segundo a companhia liderada por Rodrigo Costa, o resultado líquido encolheu “devido a um menor EBITDA”.

Segundo as contas reveladas esta quinta-feira, o EBITDA da REN caiu 3,9% para 227 milhões de euros, consequência, sobretudo, da “redução da remuneração” da base de ativos regulados (RAB) em 5,6 milhões de euros. A menor remuneração do RAB fez-se sentir em todas as áreas, mas com mais potência na eletricidade, onde a descida foi de 7,3%. A quebra da base de ativos de eletricidade é a principal razão apontada pela REN para a perda de remuneração. Na transmissão de gás, a quebra na remuneração foi de 6,9% e na distribuição de gás a descida sentida foi de 2,7%.

No entanto, a REN refere que a queda do EBITDA foi

“parcialmente compensada por resultados financeiros mais elevados”. Estes melhoraram 3,4 milhões de euros para 10,8 milhões de euros negativos, o que reflete o “decréscimo do custo médio da dívida”, de 1,9% para 1,6%, bem como a redução da Contribuição Extraordinária do Setor Energético (CESE). A empresa pagou menos 1,1 milhões de euros de CESE, que totalizou no semestre 27,1 milhões de euros, refletindo também a “evolução negativa da base de ativos”.

Já o capex aumentou 30,9%, ou 18,7 milhões de euros, para 79,3 milhões. A empresa reconhece que devido à pandemia “ocorreram atrasos em alguns projetos que, contudo, deverão ser concluídos até ao fim do ano”. Na eletricidade, a empresa concluiu investimentos em Castelo Branco, na linha Fundão-falagueira e na linha Carregado Fanhões. Já na distribuição de gás, avançou o “licenciamento de três grandes projetos em curso”, cujo investimento a REN conta concluir no segundo semestre deste ano.

A empresa reportou uma subida no consumo de eletricidade de 3,2% no semestre, enquanto o de gás natural cresceu 5,1%. A quantidade de gás natural distribuído também subiu, 10,9%. A energia proveniente de fontes renováveis atingiu 68,1% do total da oferta, ficando cerca de quatro pontos acima do registado no período homólogo.

Entre janeiro e junho, a dívida líquida da REN reduziu-se em 10,6% para 2.539,9 milhões de euros.

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2021-07-30T07:00:00.0000000Z

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