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Novo Banco e Apollo com propostas para Eurobic

DAVID SANTIAGO* dsantiago@negocios.pt *COM CAP

Superado que está o patamar de 50% da população vacinada, o Governo deixou cair a matriz de risco e passará a gerir a pandemia em função da imunização. Nova estratégia tem três fases de abertura da economia e da sociedade que poderão garantir a libertação já em outubro.

Outubro deverá assinalar o regresso possível à normalidade e vai ser o até aqui eficaz processo em curso da vacinação a marcar o ritmo até ao tão aguardado dia da libertação. No entanto, será uma libertação condicionada à “disciplina” no cumprimento das medidas de segurança sanitária e à evolução da vacinação.

A melhoria da situação pandémica assegurada pela evolução favorável da vacinação permite ao Governo seguir as recomendações dos especialistas em saúde pública e aceder à pressão do Presidente da República, iniciando desde já um novo período de abertura da sociedade e da economia.

No final do Conselho de Ministros desta quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou que “é o momento de passar a conduzir a gestão da pandemia em função de um critério fundamental, que é a taxa de vacinação da população portuguesa”. Em vez das quatro fases propostas pelos peritos na última reunião no Infarmed, António Costa acabou por revelar serem “três [as] fases para a próxima fase de libertação”.

O chefe do Executivo explicou que haverá três regras gerais a enquadrar as três fases de libertação, medidas essas que entrarão em vigor já este domingo, 1 de agosto.

Em primeiro lugar, deixam de ser aplicadas medidas diferenciadas em função da situação em cada concelho, pelo que as “medidas passarão a ter dimensão nacional”. A segunda regra geral permitirá a eliminação das “limitações horárias” das várias atividades – comércio, restauração, espetáculos, que poderão retomar horários normais com um limite até às 2h da manhã (aplicável a todo o tipo de estabelecimentos e eventos). Já a terceira regra geral presume a “utilização intensiva da nova ferramenta que é o Certificado Digital [Covid] ou, em sua substituição, um teste negativo”, revelou o primeiro-ministro.

“Portanto, [serão] regras idênticas para todo o país”, frisou.

Três fases até à libertação

Além das três regras gerais, serão também três as fases de reabertura, as quais serão iniciadas à medida que forem atingidos novos patamares de imunização da população, possibilitando deixar cair a chamada matriz de risco que, até aqui, enquadrava a gestão da pandemia.

Já com mais de metade das pessoas com vacinação completa, no próximo domingo inicia-se a primeira fase, chegando ao “fim a limitação horária na via pública” e passando a ser permitido público nos eventos desportivos, segundo as regras sanitárias definidas pela DGS. Os espetáculos de natureza cultural passam a ter limitação de 66%, casamentos e batizados terão limite de lotação de 50% e o teletrabalho passa de obrigatório a recomendado.

A segunda fase deve arrancar no início de setembro, quando se prevê haver em torno de 70% da população vacinada. “Nessa fase, além das medidas em vigor na primeira [fase], será possível deixar de ter uso obrigatório de máscara na via pública, salvo em situações de ajuntamento”, explicou Costa, sinalizando que então os casamentos, batizados e espetáculos culturais poderão ter lotação de 75%, e que os “transportes públicos deixarão de ter limitação de lotação e os serviços públicos poderão funcionar sem marcação prévia”.

Na terceira e última fase, com início em outubro, mediante uma vacinação completa de 85% da população, “será possível que as discotecas possam reabrir”, desde que os clientes apresentem certificado digital ou teste negativo. “Os restaurantes deixarão de estar sujeitos a limitação máxima de pessoas por grupo e deixará de haver limitação de utilização dos diferentes recintos”, referiu.

Apesar do otimismo inerente a estes anúncios, Costa fez questão de travar euforias reiterando que o Governo não deixará de “parar [a abertura], ou mesmo recuar, se for necessário em função da evolução da pandemia”. Por outro lado, se a vacinação o permitir, as restrições até poderão “ser eliminadas mais cedo”.

“O Governo não deixará de parar [a abertura], ou mesmo recuar, se for necessário em função da evolução da pandemia. ANTÓNIO COSTA Primeiro-ministro

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2021-07-30T07:00:00.0000000Z

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