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Postos de recolha em locais de férias

APELO → Unidades dos tipos O-, A- e B- são aqueles que mais falta fazem neste momento RECUPERAR → Falta de sangue preocupa em tempo de retoma das cirurgias nos hospitais

VANESSA FIDALGO

As reservas de sangue dos tipos O-, A- e B- só chegam para quatro dias, de acordo com dados do Instituto Português do Sangue. Os hospitais já estão a sentir dificuldades em suprir as necessidades, como é o caso do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto (ver caixa).

“As férias e a vacinação em curso contra a Covid-19 têm feito diminuir as dádivas. A situação é muito preocupante, porque os hospitais estão a retomar as cirurgias e a tentar recuperar o atraso causado pela pandemia, mas sem sangue será difícil”, alerta Joaquim Silva, presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue.

FEDERAÇÕES DE DADORES CONSIDERAM SITUAÇÃO “MUITO PREOCUPANTE”

Ao afastamento da área de residência e dos centros de recolha para gozo de férias, somam-se este ano contingências ligadas à pandemia. “As pessoas não podem dar sangue nos sete dias seguintes à toma da vacina contra a Covid-19, seja a primeira ou a segunda dose, e isso também tem causado vários constrangimentos à dádiva”, explica, por seu turno, Alberto Mota, presidente da Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (Fepodabes).

No início deste ano, de acordo com Alberto Mota, “as reservas também atingiram níveis muito baixos” por causa do confinamento, mas “a situação não era tão grave porque as cirurgias estavam praticamente paradas”.n

■ Para suprir a falta de reservas de sangue, a Fepodabes lançou uma campanha de verão que vai decorrer até 23 de agosto. Em praias, quartéis de bombeiros e também em localidades de veraneio haverá postos de colheita móveis, para facilitar as dádiva em tempo de férias.n

SOCIEDADE

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2021-07-30T07:00:00.0000000Z

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