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Teletrabalho deixa de ser obrigatório este domingo

MUDANÇAS → Trabalho a partir de casa passa a ser recomendado. Patrões realçam o impacto na dinamização da economia. Sindicatos lembram que passa a ser preciso acordo com a empresa. Função Pública preocupada com acordos individuais

WILSON LEDO

Oteletrabalho vai deixar de ser obrigatório, a partir de domingo, em todo o País. A medida integra a primeira das três fases de libertação das restrições anunciadas ontem pelo Governo. Com a alteração, volta a ser necessário existir um acordo entre trabalhador e empresa para continuar em casa.

Ainda assim, o regime de trabalho em casa continua a ser recomendado, se as funções assim o permitirem. Até agora, a obrigação aplicava-se apenas nos concelhos com maior risco de contágio.

Patrões e sindicatos aplaudem a decisão do Governo, considerando

COMÉRCIO QUER REVISÃO DO RÁCIO DE CLIENTES POR METRO QUADRADO

CGTP DEFENDE QUE FIM DO TELETRABALHO É MEDIDA QUE PECA POR TARDIA

DIRIGENTE DA FUNÇÃO PÚBLICA ACONSELHA A NÃO ASSINAR ACORDOS

que poderá ajudar a dinamizar a procura nas lojas e restaurantes. Ao CM, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, junta que irá “permitir às empresas organizar melhor o seu funcionamento”.

Contudo, ter horários mais alargados e mais gente a circular não chega. Para Gonçalo

Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, é importante que o Governo reveja também o rácio de pessoas por metro quadrado nas lojas, para “recuperar níveis de fluxo”.

Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, diz que a medida só peca por tardia, sendo “importantíssimo passar a ser por acordo” com a empresa, como previsto no Código do Trabalho. A responsável lembra que existem trabalhadores sem condições para exercer as suas funções a partir de casa mas obrigados a fazê-lo.

Já no Estado, este acordo é visto com preocupação. José Abraão, secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública, teme que se aplique a “lei da selva”, com cada organismo a fazer acordos individuais sem a respetiva salvaguarda de direitos. Por isso, o dirigente aconselha os funcionários públicos a “não assinarem nenhum documento” sem estarem devidamente informados.n

ATUALIDADE

pt-pt

2021-07-30T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/281689732850830

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