Cofina

Restaurantes abertos até às 2h00

IMPACTO → Setor elogia alargamento de horários mas está reticente na exigência de teste ou certificado aos fins de semana. AHRESP avisa que, esperando até outubro, o ramo da animação noturna está em risco no País

WILSON LEDO

Os restaurantes vão poder, a partir de domingo, estar de portas abertas até às duas da manhã em todo o País. O mesmo horário serve como limite para o restante comércio, anunciou ontem o primeiro-ministro, António Costa.

Apesar desta notícia, que agradou aos empresários, o setor ainda não tem motivos para respirar fundo. Ao fim de semana, que arranca às 19h00 de sexta, continua a ser necessário teste negativo ou certificado digital para fazer uma refeição no interior dos restaurantes.

A mesma exigência será exigida aos bares, que podem finalmente reabrir, com as regras dos restaurantes: os clientes terão de ficar sentados, com um máximo de seis pessoas por mesa em espaços interiores.

Só em outubro, quando se espera que 85% da população esteja totalmente vacinada, é que os bares poderão retomar o normal funcionamento, assim como as discotecas, com dança e circulação. Para entrar, será necessário apresentar teste ou certificado digital. Nesse mês, os restaurantes também deixarão de ter limitações sobre o número de pessoas à mesa.

“É um sentimento agridoce”, resume Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, a associação mais representativa do setor.

A grande preocupação está mesmo no ramo da animação noturna. “Perde-se mais um ano, porque a época alta vai à vida. É uma decisão que vai desviar também potenciais turistas”, explica a responsável.

O primeiro-ministro explicou que o recurso ao certificado ou teste nas salas interiores dos restaurantes se deve ao “maior risco e convívio” às sextas à noite, sábados e domingos. Mas a justificação não convence o presidente da associação Pro.var: Daniel Serra insiste que a medida promove “discriminação entre restaurantes” que têm ou não esplanada.

Daí que a associação insista numa nova e “urgente” leva de apoios a fundo perdido, com uma majoração para os negócios com perdas de 40%, precisamente para compensar o impacto das novas dinâmicas da procura.n

SETOR EXIGE NOVA LEVA DE APOIOS A FUNDO PERDIDO PARA EMPRESAS

BARES PODEM FUNCIONAR COM AS MESMAS REGRAS DOS RESTAURANTES

ATUALIDADE

pt-pt

2021-07-30T07:00:00.0000000Z

2021-07-30T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281586653635726

Cofina