Na próxima semana chegam os primeiros milhões da bazuca europeia. Não pode o dinheiro novo ser distribuído por ministros velhos.

Se queremos que o Plano de Recuperação e Resiliência seja uma ferramenta para alterar o paradigma da economia portuguesa, temos em primeiro lugar de alterar a composição do Governo. Costa sabe disso e Marcelo também.

Sejamos claros, não estamos a falar de competência. Estamos a falar de desgaste puro e simples. Nuns casos causado pela conjuntura, caso evidente de Marta Temido, que após uma luta titânica contra a pandemia está absolutamente exausta. Noutros é a soma de inabilidades políticas que torna o cargo insustentável: é o caso de Eduardo Cabrita. Depois existem aqueles que, cumprido o seu dever, pouco mais têm a dar ao País; é o caso da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e do Ensino Superior, Manuel Heitor. No entanto, nem tudo tem de ser mudado. Existem exemplos positivos de resistência. É o caso de Alexandra Leitão, a ministra da Modernização da Administração Pública, que é uma ‘formiguinha’ de trabalho.

O único que parece estar certo no lugar certo é mesmo João Leão.n

MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO

CHEFE DE REDAÇÃO