Há uma nova medalha para atletas dos Jogos Olímpicos: a medalha da solidariedade. Ouro, prata e bronze são medalhas de mérito, distinguem os melhores, motivam o hastear de bandeiras e o soar de hinos de muitas nações. Exigem esforço, físico e mental, para ir mais rápido, chegar mais alto e ser mais forte. Tudo isso é ser bom, desportivamente? Por certo que sim! Mas só quando o esforço não resultar de uma fixação individual, mas sim do envolvimento de todos, da vontade de ser e estar “juntos”, aí é possível ser melhor, sermos melhores.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão envolvidos em incertezas, isolamentos de atletas e distanciamento de quem aplaude o esforço de mulheres e homens que competem em 46 modalidades. Mas são jogos que ficam na história pela mudança do lema, que estampa em todas as medalhas a marca da solidariedade.

“Citius, altius, fortius” foi o lema dos Jogos Olímpicos da era moderna, desde 1894, por determinação do

SÓ JUNTOS CONSEGUIMOS IR MAIS LONGE, CHEGAR MAIS ALTO OU SER MAIS FORTES!

seu fundador, Pierre de Coubertin, inspirado no padre dominicano, Henri Didon, que levou o desporto às periferias de Paris. Este ano, o Comité Olímpico Internacional aprovou a mudança para acrescentar uma palavra: “Communiter.”

O que está em causa? A resposta é do presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, antigo campeão olímpico alemão de esgrima quando disse: “Só podemos ir mais rápido, só podemos querer mais alto, só podemos ser mais fortes, se permanecermos juntos – em solidariedade”.

“Mais rápido, mais alto, mais forte – Juntos” é, agora, mais do que um lema! É a herança dos Jogos Olímpicos de Tóquio para todas as competições, para quem deseja ir mais rápido, chegar mais alto e ser mais forte. E em todas as “modalidades” do quotidiano, na família ou no emprego, na escola ou na paróquia, na preparação da nossa Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023: só juntos conseguimos ir mais longe, chegar mais alto ou ser mais fortes!n