José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), agradeceu ontem a atribuição do título de ‘Doutor Honoris Causa’ pela Universidade de Lisboa, em cerimónia que teve Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e individualidades do desporto nacional, na Faculdade de Motricidade Humana, em Oeiras. “Recebo esta homenagem na casa onde me graduei em 1975, justificada mais pela vossa generosidade do que pelos meus méritos”, declarou Constantino, após expressar a gratidão ao Reitor Luís Ferreira.

Constantino confessou ter chorado de emoção: “De uma escola que tem mais razões de queixa a meu respeito do que eu dela”, brincou. “E por ter condições de receber a distinção, por ainda cá estar”, disse o dirigente, de 73 anos, que tem tido problemas de saúde.

Marcelo não poupou elogios a Constantino: “O caráter, às vezes, intratável. Ligeiramente intratável. Mas ainda bem que sim, sabendo enfrentar as situações mais difíceis com a mesma hombridade, verticalidade e determinação. E, depois, o espírito progressista, sempre virado para o futuro. O desporto português aprendeu consigo.”

Constantino abordou ainda expectativas para os Jogos de Paris’2024: “Temos tido um conjunto de sinais muito positivos quanto aos resultados. No ano anterior, tivemos cinco campeões do mundo. Não é brincadeira. Mas o meu receio é sempre o mesmo: temos uma elite muito curta, muito pequena. Basta que aconteça qualquer coisa a um atleta e lá se vão os resultados que eram expectáveis”, alertou Constantino.*