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“GOSTAVA DE UM DIA TREINAR A EQUIPA PRINCIPAL”

Aos 32 anos, Vasco Botelho da Costa já escreveu o nome na história do Estoril ao conquistar a Liga Revelação. Assume que a sua missão ainda passa por ‘alimentar’ o plantel sénior, mas não esconde que também pretende dar o salto

F.G.

O Estoril começou muito bem a época, liderando a Série sem derrotas. Que balanço é que faz deste arranque?

VASCO BOTELHO DA COSTA – O balanço é extremamente positivo. É importante referir que tivemos algumas alterações no plantel e isso não foi negativo, porque tivemos vários atletas que subiram à equipa principal. Esse foi sempre o nosso grande objetivo, portanto, é um ponto positivo. Obviamente que com estas alterações estamos a recomeçar, não é algo fácil. Temos tentado melhorar aquilo que é o nosso processo e os resultados são só uma consequência disso mesmo.

Qual é o segredo para manter a regularidade mesmo perdendo vários jogadores?

VBC – Essencialmente, a sintonia entre a estrutura e a equipa técnica, porque as ideias que nós propomos são muito próprias e diferenciadoras. E, claro, a aceitação que existe da parte dos atletas. Esses são os grandes alicerces para aquilo que consideramos crucial para o nosso sucesso. Temos de perceber que não havendo qualidade individual, torna-se muito mais difícil fazer um bom trabalho. Felizmente essa qualidade existia no ano passado e continua a existir neste.

O sucesso da temporada passada pode criar uma pressão adicional

“QUANDO TEMOS UMA LIGAÇÃO EMOCIONAL COM O CLUBE, QUE É O MEU CASO, CLARO QUE TUDO SE TORNA AINDA MAIS ESPECIAL”

para a equipa?

VBC – Essa pressão vai sempre existir, mas não considero que seja algo negativo, pelo contrário. O nosso foco passa por preparar estes atletas para o mais alto nível. E aí a pressão também existe e não é só vinda de fora, porque muitas vezes até vem de dentro. Quanto mais os atletas passarem por essa experiência, mais bem preparados vão estar para conseguirem responder ao mais alto nível. Por isso, a pressão inevitavelmente existe, porque obviamente vai sempre existir uma comparação entre a época passada e esta, se antes jogavam de uma maneira e agora jogam de outra, antes ganhavam, agora não ganham… é perfeitamente normal no desporto e no futebol. O futebol é muito efémero.

Ainda não chegou ao topo, mas certo é que já entrou para a história do Estoril…

VBC – É um orgulho enorme. Quando temos uma ligação emocional com o clube, que é o meu caso, claro que tudo se torna ainda mais especial. Tenho a noção de que o meu trabalho e da minha equipa técnica neste último ano e meio está ajudar a enriquecer ainda mais a história deste clube e isso só pode ser um motivo de grande orgulho, mas ao mesmo tempo é um acréscimo de responsabilidade, porque elevámos muito a fasquia e também as expectativas dos adeptos.

Vê-se como futuro treinador da equipa principal?

VBC – Se há algo que eu penso que é muito importante na carreira dos treinadores é compreendermos exatamente qual é o nosso papel. E quando eu digo que o meu foco principal nunca podem ser os resultados e tem de ser a potencialização dos atletas, é porque tenho consciência que o meu papel no clube neste momento é ser o treinador dos sub-23. Para além disso, penso que o trabalho que está a ser feito pelo Bruno [Pinheiro] e pela sua equipa técnica está a ser absolutamente excepcional. Obviamente que gostava de um dia treinar a equipa principal, mas neste momento o meu foco é cumprir a missão que me foi dada.

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FUTEBOL

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2021-10-26T07:00:00.0000000Z

2021-10-26T07:00:00.0000000Z

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