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As marcas mais valiosas do Mundo

SEGUNDO A CONCEITUADA ‘FORBES’, OS DALLAS COWBOYS (NFL) LIDERAM A LISTA, MAS COM UMA SUPERLIGA EUROPEIA DE FUTEBOL, A PRIMEIRA POSIÇÃO SERIA DE BARCELONA E REAL MADRID

Daniel Sá Diretor Executivo do IPAM

A conceituada revista norte-americana ‘Forbes’ tem dedicado muita atenção ao longos dos últimos anos à indústria do desporto publicando regularmente vários rankings que nos ajudam a entender a dimensão e a importância do desporto. A pandemia gerou um autêntico caos global nesta indústria, mas alguns proprietários de clubes desportivos continuaram a prosperar, tendo o valor médio dos principais clubes do mundo aumentado 9,9% no último ano.

Num ranking publicado há algumas semanas,

a ‘Forbes’ listou as marcas mais valiosas do mundo do desporto em 2021. Os Dallas Cowboys (NFL) atingiram novamente o primeiro lugar com uma avaliação de 5,7 mil milhões de dólares, seguidos dos New York Yankees (MLB) com 5,25 mil milhões e pelos New York Knicks (NBA) com 5 mil milhões. Os clubes de futebol espanhóis Barcelona e Real Madrid, cada um com uma avalia- ção acima dos 4,7 mil milhões, conquistaram a quarta e quin- ta posições, à frente de clubes como os Los Angeles Lakers e Golden State Warriors ambos da NBA.

Os 50 principais clubes da lista

deste ano surgem de quatro diferentes modalidades: futebol americano (26), basquetebol (9), futebol (9) e beisebol (6), todos impulsionados por acordos de direitos de transmissão

ENTRE OS 50 CLUBES MAIS PODEROSOS DO PLANETA SÓ 9 PERTENCEM AO FUTEBOL

televisiva cada vez mais elevados, constituindo-se como o principal fator para entrar neste top 50.

A Premier League lidera o mundo do futebol

com um acordo de direitos de transmissão televisiva doméstico no valor 2,2 mil milhões de dólares anuais e é a liga de futebol mais bem representada no ranking, com cinco equipas. No entanto, quando olhamos para as competições profissionais norte-americanas verificamos que a NFL negociou uma década de direitos de televisão por 10,3 mil milhões de dólares anuais, a NBA assegurou um contrato de 2,6 mil milhões e a MLB receberá uma média de 1,8 mil milhões por ano.

É precisamente neste contexto

que devem ser entendidos os planos para a famigerada Super Liga Europeia de futebol, que tinha os clubes fundadores a eliminar a tradição do futebol de fazer os clubes competirem em cada época pelo seu mérito desportivo nos respetivos campeonatos nacionais, algo que as ligas americanas não fazem. Se a Superliga Europeia tivesse avançado nos moldes inicialmente previstos, os 12 clubes fundadores teriam aumentado o seu valor coletivo em 12,7 mil milhões de dólares o que, de acordo com a análise da ‘Forbes’, faria com que Barcelona e Real Madrid tivessem destronado os Dallas Cowboys do lugar número 1 deste ranking. Não estranhem por isso que, um dia destes, regresse a Super Liga em versão 2.0.

OPINIÃO

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2021-10-26T07:00:00.0000000Z

2021-10-26T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281659668249878

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