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JAVAD FOROUGHI CAMPEÃO ACUSADO DE TERRORISMO

R.G. Atribuídas por Rui Dias

Um dia depois da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, o iraniano Javad Foroughi, de 41 anos, venceu a medalha de ouro na prova de pistola de ar a 10 metros, com novo recorde olímpico. Tornou-se também no medalhado mais velho do seu país. Acontece que a sensação de êxtase durou pouco tempo. O grupo iraniano de direitos humanos ‘Unidos por Navid’ acusa o atleta de pertencer a uma organização terrorista, mais concretamente o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), força militar do regime iraniano e considerada terrorista pelos Estados Unidos. O grupo pede ao Comité Olímpico Internacional (COI) a “suspensão imediata da medalha até à conclusão de uma investigação à vida do atleta”. Caso contrário, o “COI será cúmplice na promoção do terrorismo e de crimes contra a humanidade”. O COI já reagiu lembrando que “há muitos atletas que são membros das forças armadas nos seus países”. O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica é acusado de apoiar as forças sírias de Bashar al-Assad, numa guerra civil que já matou mais de 500 mil pessoas. Além disso, é acusado de apoiar grupos como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, na Palestina. Em janeiro de 2020, foi esta milícia que abateu por engano um avião ucraniano que descolava de Teerão com 176 pessoas a bordo. A medalha de Foroughi gera divisão no Irão, já que lembra a morte provocada pelo IRGC.

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2021-07-30T07:00:00.0000000Z

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