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António Costa, discípulo de Marcelo Rebelo de Sousa

CAMILO LOURENÇO Analista de economia camilolourenco@gmail.com

Se há coisa que António Costa mostrou nos seus três mandatos é que não reforma nada. Governa para a estabilidade: para não fazer ondas e tentando agradar a todos. Durante 7 anos prometeu investimento público, mas como o dinheiro não chegava, desviou esse dinheiro para o aumento de salários e prestações sociais. Preocupação: fazer a vontade a todos. Como se viu quando tentou atirar para cima das empresas de distribuição a culpa dos altos preços na alimentação… e antes disso, quando tentou atirar para cima das gasolineiras o odioso da subida dos combustíveis. Esta semana, percebendo o desencanto do país, que se “desenamorou” do seu governo, correu a prometer uma baixa do IVA na alimentação e aumentos salariais extra à função pública…

Do outro lado está Marcelo Rebelo de Sousa, um presidente que no primeiro mandato (e no que leva deste) nunca soube liderar o país. Foi ele o liderado. Marcelo conhece bem o povo português e sabe que é avesso a reformas. Prefere ser remediado que rico. E em vez de tentar contribuir para a mudança, mostrando o caminho aos eleitores, refugia-se atrás da opinião pública: para onde ela estiver virada, vira-se também o Presidente.

Marcelo e Costa são iguais. E como Costa foi aluno de Marcelo, bem se pode dizer que é… tal mestre, tal discípulo. Tal como Marcelo, Costa abdica de capitanear o país. Resigna-se à modorra do “remediado”.

Nunca nos últimos 40 anos o país foi tão mal dirigido: entre Belém e São Bento, pelo menos um deles (PR ou primeiro-ministro) não se submetia à vontade da opinião pública. Agora vergam-se os dois à vontade popular. São dois os polos a puxar para a mediocridade.

OPINIÃO

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2023-03-24T07:00:00.0000000Z

2023-03-24T07:00:00.0000000Z

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