Cofina

A CJR Renewables nasceu para ser global

Começou as suas atividades em Portugal, mas em três anos internacionalizou-se e hoje tem projetos em quase 30 países. Foi uma das vencedoras de 2021.

FILIPE S. FERNANDES

ACJR Renewables, com sede em Guimarães, foi criada em 2002 para a construção do parque eólico do Talefe, mas “é quase uma ‘born global’, dado que atuou exclusivamente em Portugal apenas nos seus primeiros três anos de vida”, diz Miguel Rodrigues, executive board member da empresa vencedora da categoria “Grandes Empresas Serviços” na 11.ª edição dos Prémios Exportação & Internacionalizaçãoem 2021. O prémio é uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco, em parceria com a Iberinform Portugal.

Em 2005, a CJR Renewables realizou o primeiro projeto internacional, na República Dominicana. Foi o princípio de uma volta ao mundo, estando agora projetos em 28 países, sobretudo da Europa e das Américas.

Desde cedo, a empresa sabia que a internacionalização seria a chave do sucesso, mas, como salienta Miguel Rodrigues, “dispunha de variáveis essenciais para que este processo fosse um sucesso, desde a robustez financeira à dimensão necessária, ao mesmo tempo que detinha inúmeros recursos e experiência da empresa-mãe, a CJR”.

“A Europa e a América Latina são as duas geografias-chave. Para futuro, prevemos que o know-how e a experiência acumulados da CJR Renewables tenham espaço para acrescentar valor e dinamizar a experiência junto de novos mercados”, refere o responsável. Mais recentemente, em 2021, a empresa abriu escritórios nos Estados Unidos, pelo potencial do mercado, onde vislumbra a possibilidade de passar a atuar também em economia de escala.

A CJR Renewables faz a construção de parques eólicos, parques solares, instalação de aerogeradores, redes elétricas e manutenção de parques solares, mas é a construção de parques eólicos, em que foi pioneira, a área que tem mais peso. Como destaca Miguel Rodrigues, a “CJR Renewables executa a construção de parques de grande dimensão em modelo turn key (chave na mão)”. “Esta é uma das nossas vantagens competitivas – oferecemos um serviço com integração de todas as valências, organizadas por unidade de negócio.”

Vinte anos, 500 projetos

Na área de atividade solar fotovoltaica, que é a área mais recente, a empresa também oferece uma solução completa de EPC (Engineering, Procurement and Construction) e service. “Esta área também tem vindo a alcançar uma performance estratégica e operacional bastante sustentada, apesar de ainda não alcançarmos a quota de mercado que temos na energia eólica, porém diria que estamos em muito bom caminho. A título de exemplo, observando apenas Portugal, nesta área a CJR Renewables está a construir cinco projetos solares, em regime utility-scale e conta já com dois projetos para a área de negócio de service”, revela o gestor.

Em 20 anos, fizeram mais de 500 projetos e Miguel Rodrigues recorda que o que em 2002 “era um desafio gigante hoje não tem importância para ser tema de uma reunião”. Os marcos importantes da história da empresa e que celebram como feitos importantes são mais recentes. Em 2013, fizeram o primeiro projeto da empresa no Chile e que era o maior parque eólico do país, localizado no deserto do Atacama. Em 2015, a construção da maior linha de alta tensão enterrada da Polónia, com cerca de 38 km de extensão e que implicou a cooperação de inúmeras entidades públicas, proprietários.

Helicópteros na construção

Em 2017, utilizaram, pela primeira vez, helicópteros no sistema construtivo. “Chegámos a ter nove helicópteros diários para executar torres de transmissão de energia, numa zona muito montanhosa no deserto do Atacama, no Chile”, conta Miguel Rodrigues. Em 2020, iniciaram o maior parque eólico da Colômbia, “onde tivemos de interagir com mais de 45 comunidades diferentes para alcançarmos acordos e, hoje, segue com sucesso. São desafios que começam com mais ou menos complexidade, mas no final fica sobretudo a sensação de dever cumprido”, sublinha Miguel Rodrigues.

A CJR Renewables é detida pelo Grupo CJR, que nasceu a partir da construtora CJR - Cândido José Rodrigues, criada em 1970. Hoje, tem negócios de engenharia e construção, construção de parques eólicos e solares, aluguer de equipamentos, sete centrais de produção betuminosa e três pedreiras. Representa cerca de 75% do volume de faturação do Grupo CJR. Para Miguel Rodrigues, a CJR é muito importante e foi a génese da CJR Renewables.

A CJR Renewables está a construir cinco projetos solares, em regime utility-scale e conta já com dois projetos para a área de negócio de service.

MIGUEL RODRIGUES Executive board member da CJR Renewables

NEGÓCIOS INICIATIVAS PRÉMIOS EXPORTAÇÃO & INTERNAC

pt-pt

2022-09-30T07:00:00.0000000Z

2022-09-30T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281913071990777

Cofina