Capitais de risco injetam 752 milhões “o mais depressa possível” nas PME
RUI NEVES ruineves@negocios.pt
Escolhidas as 14 sociedades de capital de risco que vão gerir os primeiros 500 milhões de euros do PRR, a associação do setor sublinha que “é natural que este alinhamento de interesses público e privado faça regressar às finanças públicas o dinheiro europeu que está a ser aplicado no Programa Consolidar”.
Contrariamente aos programas anteriores, que foram constituídos sobretudo por garantias e por empréstimos em condições favoráveis, o Consolidar corporiza os primeiros dinheiros europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o Banco Português de Fomento (BPF) vai aplicar na capitalização das empresas – no caso, cerca de 500 milhões de euros, que serão geridos por 14 sociedades de capital de risco escolhidas pela instituição financeira estatal.
Segundo o BPF, aos 500 milhões deverão juntar-se, pelo menos, 252 milhões de euros de capitais próprios das 14 gestoras privadas, verba que corresponde à comparticipação de 30% exigida pela regras do concurso. Contas feitas, há um mínimo de 752 milhões de euros de capital do Consolidar para apoiar a subscrição de fundos de capital de risco para investimento em PME e “mid caps” (empresas de média capitalização), “impactadas pela pandemia de covid-19, mas economicamente viáveis e com potencial de recuperação”.
“Neste programa não há dívida, nem garantias: é tudo capital firme para investir em empresas”, enfatiza Luís Santos Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI), que tem como associadas a maioria das 14 sociedades selecionadas no Consolidar, como a Core Capital, a Activecap, a Oxy Capital ou a ECS Capital.
Dinheiro a aplicar na melhoria e na reestruturação de negócios das empresas com potencial.
“Com o capital das nossas sociedades, dos nossos investidores e com o capital do PRR, os fundos de capital de risco irão investir em empresas dotando-as de solidez financeira, profissionalizando as equipas de gestão e fomentando a produtividade e a eficiência com um foco na exportação e na inovação”, sublinha o líder da APCRI.
De resto, adianta Luís Santos Carvalho, “as empresas que vão ser participadas irão produzir produtos e prestarão serviços mais competitivos, irão gerar mais emprego , mais resultados e maior pagamento de impostos”.
Esta quinta-feira, em confe
EMPRESAS
pt-pt
2022-09-30T07:00:00.0000000Z
2022-09-30T07:00:00.0000000Z
http://quiosque.medialivre.pt/article/281895892121593
Cofina