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CONTRATEMPO

José Maçãs de Carvalho expõe na Galeria Carlos Carvalho (Rua Joly Braga Santos Lote F r/c, Lisboa) uma série de fotografias sob o título genérico “Contratempo” (na imagem), uma visita visual a arquivos, seus e alheios, que cruza visões sobre o tempo, o corpo, a vida e a morte, mas também sobre o peso da História. Um dos momentos mais curiosos é a série “Sem Título (after gerard r.), em que se revisitam alguns dos 48 Portraits de Gerard Richter, num conjunto de fotografias onde as mãos que seguram as molduras ganham elas próprias uma nova dimensão que tem a ver com as imagens que abraçam. “Contratempo” é essencialmente o regresso de José Maçãs de Carvalho à fotografia como meio principal que exibe, evitando o facilitismo da proliferação de vídeos, desta vez centrando-se num único desses objectos, “Video Killed The Painting Stars”, a meio caminho entre Man Ray e o primeiro videoclipe exibido pela então nascente MTV, sobre uma canção das Bangles. De resto as imagens da morte, refletidas nos corpos de animais embalsamados, e da vida, na rua e metamorfoseada em estúdio num contraste entre a pele do corpo e um arranjo floral, são inequivocamente pontos altos desta exposição. Ainda na fotografia vale a pena visitar a exposição sobre a obra da canadiana Margaret Watkins. “Black Light” reúne 136 imagens realizadas entre 1914 e 1939 por Margaret Watkins, um dos nomes incontornáveis da fotografia do século XX e que é a sua primeira grande exposição em Portugal - uma iniciativa da Fundação D. Luís no Centro Cultural de Cascais, até 8 de Janeiro. Por último, no Parque dos Poetas, em Oeiras, com entrada livre, pode ser vista a selecção das melhores fotografias do ano, na já tradicional mostra do World Press Photo, que ali ficará até 16 de Outubro.

ARCO DA VELHA

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2022-09-30T07:00:00.0000000Z

2022-09-30T07:00:00.0000000Z

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