e rochas para se obter um quilate de diamantes… Claro que este tipo de operação não era possível antes da era industrial, pelo que a história dos diamantes e a sua tradição de fascínio terão começado com pedras encontradas à superfície. Foi na Índia.

Os primeiros registos chegam-nos de cerca de 800 a. C. e supõe-se que essas pedras que brilhavam como que por magia fossem usadas como talismã e decoração. Já nessa altura se percebia que estava ali um material belíssimo e de enorme resistência, mas o conceito moderno de que os diamantes são eternos foi criado pelo marketing. Até porque não são: sendo uma forma de carbono, os diamantes ardem e são solúveis em vários ácidos.

Alexandre, o Grande, foi o primeiro a trazer gemas para a Europa – na altura, as pessoas viam-nos como pedaços de estrelas caídas. E ganharam um fascínio cada vez mais irresistível à medida que surgiam gemas cada vez maiores e mais perfeitas, tornadas verdadeiras joias pelo progresso das técnicas de lapidação, desenvolvidas a partir de finais do século XIV. Lapidar um diamante é um processo sensível e potencialmente arriscado, em que se procuram na pedra as linhas ideais para cortar e polir.

Conta-se que, no início do século XX, o lapidador encarregue de trabalhar o diamante Cullinan – o maior alguma vez descoberto – suou as estopinhas até encontrar a primeira linha de corte para transformar o gigante de 3106 carates (ou seja: pouco mais de 600 g) num conjunto de pedras lapidadas. Ajeitou a lâmina, desferiu a pancada… e desmaiou. Mas correu bem: desse bloco saíram 11 grandes gemas (duas das quais integram as Joias da Coroa britânica) e ainda outros fragmentos menores.

Desde a Idade Média que as casas reais viam os diamantes e outras pedras preciosas como presentes dignos de rainhas e em 1477 o arquiduque Maximiliano I, Imperador Romano- Germânico e filho de uma portuguesa (Leonor, filha de D. Duarte), decidiu pedir a mão