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Faces iguais

Investigador criminal

Quando nos debatemos com o flagelo dos abusos sexuais de crianças no seio da igreja católica, mais uma notícia chega ao conhecimento público. Uma menina com apenas 10 anos de idade foi violentada por um amigo do pai com 56. Poderíamos pensar que se trata apenas de um caso como muitos, mas é muito mais do que isso. Merece profunda reflexão face à postura de quem tem a obrigação de proteger.

Primeiro porque a reação do pai quando informado pela mãe do que tinha sucedido foi: “O que queres que faça? Não sou polícia. Nem acredito nisso.” Segundo, porque o Tribunal da Relação decidiu reduzir a pena de 5 anos de prisão para 3. Defendem os juízes desembargadores que

A descredibilização da denúncia é sinal de uma cegueira que urge tratar

os abusos “se traduziram num ato isolado da vida do arguido e que este se mantém afastado da vítima, é primário e encontra-se social, profissional e familiarmente inserido”.

A criança, essa vive traumatizada, teme a proximidade de elementos masculinos e não consegue inserir-se no meio escolar e ter amigos. A descredibilização da denúncia de abusos feita pela criança por parte do pai, e a desvalorização pelo TR da conduta do agressor, são sinais de uma cegueira que urge tratar. Com apenas 10 anos esta criança já sabe o significado traiçoeiro de uma moeda de faces iguais.

Uma mulher de 49 anos ficou ferida com gravidade numa colisão entre o carro onde seguia e um camião, ontem, em Alijó.

MULHER FERIDA EM COLISÃO

COM DROGA

Portugal

pt-pt

2023-03-28T07:00:00.0000000Z

2023-03-28T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281724093806351

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