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A cesta básica 49 anos depois do 25 de Abril

Miguel Alexandre Ganhão Chefe de Redação

Passados 49 anos do 25 de Abril 1974, o Governo define 44 produtos de uma “cesta básica” (a designação tem origem em 2003 numa das políticas lançadas por Lula da Silva que integravam o programa Fome Zero) para ajudar as famílias. Não se trata de uma conquista extraordinária. É a resposta possível a um problema que deixou de ser conjuntural, para se tornar estrutural: a inflação.

Os produtos agora desagravados são saudáveis e essenciais, diz o executivo, que combinou duas listas: a dos produtos mais vendidos nos hipermercados, com a Roda dos Alimentos do Ministério da Saúde, o que deixa de fora muitos dos tradicionais bens alimentares portugueses. Não falando no vinho (obviamente as bebidas alcoólicas teriam de estar excluídas), os enchidos, o cabrito, o cordeiro, o polvo (só para citar alguns que vão à mesa dos portugueses na época pascal) ou as favas, ficaram de fora da “cesta básica” que, por ser portuguesa, não incluiu o feijão preto. Sei que é mais fácil criticar do que ajudar. E como diz Costa “em casa onde não há pão, todos criticam e ninguém tem razão”. Esperemos todos que em outubro a inflação não continue a castigar quem não tem pão.

Esperemos que em outubro a inflação não castigue quem não tem pão

Opinião

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2023-03-28T07:00:00.0000000Z

2023-03-28T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281526525310735

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