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Nota Editorial O triunfo da canalhice

Eduardo Dâmaso Diretor-geral editorial adjunto

Oempresário Jacques Rodrigues vai pagar uma fiança de 500 mil euros e saiu do tribunal a tratar os jornalistas como acha que deve tratar os seus: meros instrumentos dos respetivos patrões. Nem os da Impala são suas marionetas, como a luta pelos seus direitos mais elementares tem demonstrado, nem os profissionais que estavam à porta do tribunal o são dos respetivos patrões. As tiradas de `cumprimentos ao doutor Balsemão e ao engenheiro Paulo Fernandes' mostram apenas aquilo que Jacques Rodrigues é: um oportunista, para não dizer pior, que reduz tudo a jogos de inveja, vingança e defesa dos seus interesses mais comezinhos. Num país decente, a fortuna de Rodrigues estava arrestada há décadas. A teia de cumplicidades de que dispõe num vasto conjunto de organizações públicas há muito que teria sido desmantelada.

Já o escrevi aqui e repito: se a ERC servisse para outra coisa que não para perseguir jornalistas sérios e independentes, há muito que teria atuado, na base dos poderes que dispõe e são alguns, contra este senhor. Como nada disso aconteceu – e como nada mais acontecerá, em termos que levem o senhor Jacques à frequência da hotelaria prisional -, há uns cumprimentos que, na verdade, lhe devem ser destinados. Mas esses são os cumprimentos pela vitória da impunidade, apenas reservados aos grandes canalhas.

Cumprimentos pela vitória da impunidade são reservados aos canalhas

Opinião

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2023-03-28T07:00:00.0000000Z

2023-03-28T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/281517935376143

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