Se queremos a paz é forçoso que os tanques ocidentais cheguem depressa à Ucrânia. Se a Ucrânia não existisse antes, Putin tê-la-ia inventado com a sua invasão bárbara e fora-da-lei. Este ano de devastação e morte deu à

Ucrânia uma moral e um património de identidade que obriga quem defenda o direito internacional a dar-lhe todo o apoio.

Putin, com a lata de ditador de feira, intimida o Ocidente. Ele, que invadiu a Crimeia, a Geórgia, a Ucrânia, alega que a cedência de tanques ameaça o território russo. Sem as derrotas que a Ucrânia lhe infligiu, a cavalgada de Putin teria continuado. A Polónia e os Estados bálticos sabem bem, de olhos fechados, a ameaça que paira sobre eles. Qualquer paz em que Putin tire vantagem da sua agressão será uma paz hipócrita. Uma paz que trará nova guerra no bico.