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Militares e polícias ao lado dos professores

QUEIXAS Congelamento da carreira e avaliação são pontos em comum. Militares defendem a escola pública MANIFESTAÇÃO Sindicato de polícias marca presença no dia 11, com uma delegação

Rogério Chambel* * R.L.

Militares e polícias vieram a terreiro defender as reivindicações dos professores. Dizem que estão do mesmo lado, não colocam de parte iniciativas conjuntas – a avaliação e o congelamento da carreira são problemas em comum –, mas recusam aproveitamento político por parte dos sindicatos. Na manifestação dos docentes agendada para dia 11, em Lisboa, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai marcar presença com uma delegação. A Associação dos Oficiais dos Forças Armadas (AOFA) também foi convidada a participar. O assunto vai estar em discussão, na quinta-feira, no Conselho Nacional.

“Não é possível assistir e ignorar aquilo que se passa nesta altura em Portugal, resultante das lutas pelos respetivos direitos levados a cabo pelos professores”, diz a AOFA. Os militares recusam ficar “em cima do muro, impávidos e serenos, a assistir à degradação da escola pública”. “Nós somos os representantes dos capitães de Abril. Está em causa um bem que é de todos: a escola pública”, diz ao

MILITARES CRITICAM “PREBENDAS, PRÉMIOS VOLUPTUOSOS E VIDAS LUXURIANTES”

Correio da Manhã o tenente-coronel António Mota, presidente do Conselho Nacional da AOFA. Os militares falam em sacrifícios da maioria da população e criticam aquilo a que chamam de “festanças da corte”. Apontam a mira a “personagens que se acham acima das leis”, com “prebendas, voluptuosos prémios e luxuriantes vidas”.

Ontem, mais de 800 professores concentraram-se em

Vila Real, onde se cumpriu mais uma greve distrital, com palavras de ordem como “Para cá do Marão lutamos pela educação” e “Não paramos”. “Estou cansado de tudo dar e nada receber”, disse Óscar Patrício, professor há 22 anos. Cecília Ribeiro, professora há 28 anos, pede estabilidade. Esteve colocada em Vila

Pouca de Aguiar, Mesão Frio, Régua. “Na fase em que os filhos precisavam mais, eu não estava. A minha filha dizia que `a mãe era a senhora que fazia os jantares e passava a ferro'”, contou.

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2023-02-07T08:00:00.0000000Z

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