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Consultor nega ter plantado prova

→ Tânia Reis e João de Sousa julgados por favorecimento a Rosa Grilo

ANA ENGENHEIRO

Pouco passava das 09h00 quando, ontem, João de Sousa, ex-inspetor da Polícia Judiciária e agora consultor forense, e Tânia Reis, advogada que representou Rosa Grilo no caso de homicídio do marido, chegaram ao Tribunal de Vila Franca de Xira, onde começaram a ser julgados por um crime de favorecimento pessoal precisamente na defesa da viúva do triatleta. Tânia Reis manteve-se em silêncio. Já João de Sousa respondeu a todas as perguntas feitas pela juíza.

A acusação do Ministério Público descreve que, cerca de um ano e meio após a morte do triatleta, foram descobertos dois fragmentos de bala e dois invólucros na casa de banho, no porta-joias e numa gaveta da cómoda da casa onde ocorreu o crime. A banheira tinha também um buraco de bala. No entanto, nenhum destes indícios foi encontrado nas buscas que a Polícia Judiciária fez anteriormente à habitação onde Rosa vivia com o marido e o filho.

João de Sousa, quando confrontado com uma fotografia da PJ que mostra a banheira sem qualquer furo, defendeu que o buraco terá sido feito depois, mas assegurou que não foi ele o autor. Afirmou até que “é muito fácil qualquer pessoa entrar na habitação pela garagem porque o portão está fechado apenas com uma corda”. Relativamente ao que foi encontrado no quarto, disse que a PJ não tem nenhuma fotografia do guarda-joias e da gaveta da cómoda e que por isso continua a acreditar que “os fragmentos de bala já lá estavam e que a PJ é que não os viu”.n

JOÃO DE SOUSA ACUSA PJ DE TER FALHADO NAS BUSCAS À HABITAÇÃO

PORTUGAL

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2022-10-07T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/282033331091188

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