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“Mataram a minha mãe e a minha irmã”

→ Menino de 9 anos deu alerta de terror. Mãe, de 34 anos, estava morta. Irmã, de 14, luta pela vida do hospital → Homicida é o pai do rapaz e de dois irmãos mais novos, de 3 e 2 anos

SÉRGIO A. VITORINO/CLÁUDIA MACHADO

Casa

Omenino de 9 anos estava em pânico. Soluçava em choro ao ligar a um colega da mãe. Este chamou a PSP e quando os agentes entraram no rés do chão da moradia no Recoveiro, Sintra, encontraram a criança no hall de entrada: “Mataram a minha mãe e a minha irmã!”, anunciou aos polícias, pelas 02h15 de terça-feira.

A criança, que indicou ainda que os irmãos mais novos (um menino de 3 anos e uma menina de 2) estavam no quarto, não soube dizer quem era o assassino: só viu o vulto de um homem totalmente vestido de negro.

O homicida é, afinal, o seu pai.

O homem, de 34 anos, acabou intercetado pelas 05h00 quando foi à PSP de Mem Martins perguntar pelos filhos. A PJ estava lá a ouvir testemunhas e já não o deixou sair. Fora denunciado pelo colega da mulher. Esta, de 34 anos, morreu no local com facadas no pescoço e cara. A filha, de 14, enteada do assassino e que sangrava tanto que o irmão a deu como morta, lutava ontem pela vida no hospital. Foi atingida com um objeto no lado direito da cabeça.

Foram precisamente os gritos da adolescente de 14 anos, ao ser agredida, a acordar o menino de 9. O rapaz levantou-se e encontrou o cadáver da mãe caído no chão, junto à sala. A irmã foi encontrada pela PSP desmaiada, mas a respirar. Estava ontem ao final da tarde internada em estado reservado, com risco de vida.

O homicida, separado da mulher há alguns meses e que trabalhava em Aljustrel nas minas, já fora denunciado este ano por violência doméstica. Importunava a vítima. Quando a PJ regressava com ele do Alentejo, ao final da tarde, onde foram recolher prova, o homem - que até então negara o crime - percebeu que ia ser detido, abriu a porta do carro e saltou para a A2, junto a Palmela. Sofreu ferimentos graves e estava ontem hospitalizado em Almada. A PJ abriu uma investigação interna a este incidente.n

No entanto, a realidade dos milionários que procuram a nacionalidade portuguesa através do investimento ofusca outros negócios. Como o da concessão de nacionalidade a descendentes de judeus sefarditas. Ou aos descendentes dos cidadãos nascidos em Goa, Damão e Diu antes de 1961. Ou daqueles que procuram, através do casamento, legalizar a sua situação em Portugal e na Europa. Este esquema, conhecido há muito como dos “casamentos brancos”, pode estar relacionado com o assassinato de Diana Santos, no Luxemburgo, que estaria a preparar-se para casar com um marroquino por dinheiro. Um aviso de que estes negócios são, também, um risco para os mais frágeis.n

HOMEM ATIROU-SE PARA A A2 DE UM CARRO DA PJ. TEM FERIMENTOS GRAVES

UM RISCO PARA OS MAIS FRÁGEIS

PORTUGAL

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2022-10-07T07:00:00.0000000Z

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http://quiosque.medialivre.pt/article/281994676385524

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