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Sarabia, o espanhol que não pedia olés

A ESTRELA

EDITOR DO DESPORTO

Mário Pereira

Pablo Sarabia deixou marca em Alvalade. Fê-lo até ao último dia, no qual marcou mais um golo e produziu nova demonstração de classe. A exibição frente ao Santa Clara, de resto, é o paradigma de tudo aquilo que deu a ver ao longo da época, com a camisola do Sporting. Sarabia - que chegou com o pesado rótulo de craque do PSG e titular da seleção espanhola nunca mostrou ser um jogador excessivo. Daqueles que pegam na bola e dão a volta ao campo com ela nos pés a incendiar a bancada. Não arrebatava os adeptos

JOGADORES DESTES SÃO RAROS. DEIXA SAUDADES

com pretensiosos floreados ou empolgantes correrias. Não pedia olés. Nele nem se detetavam traços típicos da conhecida fúria espanhola. Mas então o que o distinguia ao ponto de ser considerado um dos melhores jogadores da Liga? Era precisamente a capacidade de tornar simples o que outros complicam. De não perder tempo antes de dar sentido prático (e útil) ao futebol da equipa. Poderia ser um passe ou uma finalização. Às vezes apenas a movimentação certa. Com ele saía bem. Ou pelo menos, porque não há infalíveis, saía mais vezes bem. Jogadores destes são raros, porque descomplicam o futebol e simultaneamente o fazem com fina arte. Vai deixar saudades.n

ESPECIAL LIGA

pt-pt

2022-05-17T07:00:00.0000000Z

2022-05-17T07:00:00.0000000Z

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