Oemprego público voltou a aumentar no primeiro trimestre do ano, contabilizando o Estado um total de 741 288 funcionários, mais 15 821 do que no período homólogo. O ganho médio mensal fixou-se em 1815,60 euros, o que corresponde a um aumento de 0,9% face a 2021.

Técnicos superiores, assistentes operacionais, enfermeiros, educadores de infância, professores e médicos encontram-se entre as categorias profissionais mais contratadas nos primeiros três meses do ano, segundo a informação divulgada ontem pela Direção-geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). O balanço trimestral mostra um crescimento homólogo de 2,2%, resultado do aumento de contratações na administração central - mais 11 365 funcionários - e na local, com mais 2558. Face ao trimestre anterior, o crescimento foi de 1%.

O número de funcionários é o mais elevado desde 2011, ano em que Portugal pediu ajuda financeira, e o Estado contabilizava 727 701 trabalhadores. Desde 2015 que o saldo anual líquido é positivo, ou seja, entraram sempre mais funcionários do que os que saíram do setor público.

Quanto a salários, a Síntese do Emprego Público mostra que o ganho médio mensal - que inclui outras componentes salariais, para além da remuneração base - subiu em janeiro 0,9%, rigorosamente o valor de aumento decidido pelo Executivo.

No entanto, a remuneração base média mensal dos trabalhadores valorizou-se 1,3% em janeiro para 1548,50 euros. O aumento é explicado pela DGAEP com o efeito conjugado entre a entrada e saída de trabalhadores de diferentes níveis salariais e da atualização do salário-base que, tal como no setor privado, aumentou para 705,00 euros.

O emprego no setor das administrações públicas representava, no primeiro trimestre, 15,1% da população empregada e a 7,2% da população total.n