ACovid-19 provocou 7125 óbitos em 2020, representando 5,8% das mortes em Portugal. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, a nova doença foi a segunda maior causa de morte, atrás do Acidente Vascular Cerebral (AVC), que matou 11 439 pessoas (9,2%).

“Este resultado tem em conta o número de óbitos em que a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte, foi a doença Covid-19”, explica o INE. Destas mortes por Covid-19, 64% (4558) ocorreram nos meses de novembro e dezembro. Morreram mais homens (3725) do que mulheres (3400), tendo a idade média do óbito sido mais elevada no sexo feminino (83,4 anos) do que no masculino (79,9 anos). Quase metade (49%) dos óbitos por Covid ocorreram no Norte, região que foi a mais atingida na primeira fase da pandemia e teve 91,5 mortes por 100 mil habitantes. Já a taxa mais baixa foi registada na Madeira (15 óbitos por 100 mil pessoas).

As doenças do aparelho circulatório continuam a ser as que mais matam, com os 34 593 óbitos de 2020 a representarem um aumento de 2,9% face

As emissões de gases com efeito de estufa nos países da UE no quarto trimestre de 2021 já superaram os valores registados antes da pandemia. Foram contabilizadas 1041 milhões de toneladas, num aumento de 8% em relação a 2020. ao ano anterior. Destacam-se as mortes por AVC, que subiram 4,2%, enquanto os óbitos por doença isquémica (6 838) e enfarte (4086) caíram ambos 4,4%.

O cancro causou 28 393 mortes, o que representa 22,9% da mortalidade total, mas verificou-se uma descida face aos 28 544 óbitos de 2019. Os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão mataram 4318 pessoas, numa diminuição de 2,0%. Já o cancro do cólon, reto e ânus provocou 3810 mortes, numa redução de 0,5%. As doenças do aparelho respiratório causaram 11 266 óbitos, menos 8% do que em 2019. Segundo as normas da Organização Mundial da Saúde, a Covid-19 foi considerada à parte.n