Rui Costa vai colocar um travão nas exigências de Roger Schmidt. O CM sabe que o presidente do Benfica recusa contratar uma mão-cheia de jogadores oriundos do PSV Eindhoven, antigo clube do treinador.

Schmidt apontou vários futebolistas com quem trabalhou ao longo das duas últimas épocas que gostaria de continuar a ter ao seu lado como técnico das águias. Um deles é Gotze, médio que tem as portas da Luz abertas (ver texto ao lado).

Contudo, há outros futebolistas do PSV que dificilmente serão reforços. É o caso de Zahavi. O avançado israelita de 34 anos até é um jogador livre a partir do início de julho, mas não é visto pelos responsáveis do Benfica como uma prioridade. O mesmo se aplica ao médio Érick Gutiérrez, internacional mexicano de 26 anos.

Já o colega de equipa e de setor Ibrahim Sangaré é um caso diferente. O costa-marfinense, de 24 anos, está bem cotado na Luz e tem o perfil traçado pelos dirigentes: características técnicas que garantem rendimento desportivo imediato e, no longo prazo, encaixe financeiro com uma venda avultada.

O problema de Sangaré é o preço elevado do seu passe. Os responsáveis holandeses não abdicam de um montante à volta dos 20 milhões de euros, escudando-se no contrato de longa duração do médio (está vinculado até junho de 2025). Além disso, o jogador tem registado uma valorização crescente ao longo da época, com o PSV a prever que essa tendência se acentue no médio prazo. Cotado em 9 milhões no início da época, Sangaré tem hoje uma avaliação de mercado de 16 milhões (mais 78%).

Como o Correio da Manhã já noticiou oportunamente, um eventual negócio estará dependente da saída de Weigl. Ainda assim, o saldo entre as duas transações teria de ser sempre claramente positivo.n