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CAOS DO HOSPITAL DE SETÚBAL É RETRATO DO PAÍS

ORDEM DOS MÉDICOS DENUNCIA. CHEFES DE URGÊNCIA DEMITEM-SE EM BRAGA

■ A degradação do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) é um “retrato fiel do Serviço Nacional de Saúde (SNS), elevado ao expoente máximo”, disse ontem o presidente da Sub-região de Setúbal da Ordem dos Médicos, numa audição no Parlamento. “Faltam instalações, faltam médicos, faltam jovens médicos, sobejam doentes crónicos e críticos nas urgências”, detalhou Daniel Travancinha.

Diretor clínico e 87 médicos com cargos de chefia pediram a demissão devido ao estado de

INVESTIDOS 14 MILHÕES DE EUROS PARA MUDAR UNIDADE DESDE 2017

decadência progressiva dos diferentes serviços do São Bernardo, principal unidade de saúde do CHS, que, na opinião do representante da Ordem dos Médicos na região, deveria ser reclassificado para o nível D, de hospital polivalente. Daniel Travancinha defendeu diante os deputados que a alteração permitiria uma melhoria significativa no financiamento.

O médico salientou ainda que as obras de ampliação da instituição de saúde são insuficientes para incorporar o Hospital Ortopédico do Outão. “Aumentaria mais o caos e não haveria alargamento que fosse capaz de evitar esse caos”, disse.

Apesar da denúncia pública da falta de condições, a responsável da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), Laura Silveira, disse que o Centro Hospitalar “tem feito um bom caminho” na requalificação, com um investimento de 14 milhões de euros desde 2017.n

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2021-10-26T07:00:00.0000000Z

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