China quer universidade em Budapeste
José Jorge Letria ESCRITOR
Budapeste, poderá vir a acolher uma grande universidade chinesa, a primeira daquele país em território europeu.
O primeiro-ministro Victor Órban, com manifestos benefícios materiais e políticos, encara esta possibilidade com entusiasmo, contando com a oposição combativa do presidente da Câmara de Budapeste, que concorrerá contra ele nas próximas eleições legislativas.
Sabe-se que cerca de dois terços da população húngara é contra esta “importação” que tem origem na Universidade de Xangai.
Para criar um ambiente
DOIS TERÇOS DA POPULAÇÃO HÚNGARA É CONTRA ESTA “IMPORTAÇÃO”
tenso, a Câmara de Budapeste já deu à toponímia do nono bairro da cidade os nomes do Dalai Lama e de Hong-Kong. A universidade poderá ocupar uma área de mais de 26 hectares.
Nem os chineses, com ou sem o vírus da pandemia, imaginam a resistência que estão a suscitar no coração da Europa. O tempo dirá se o projecto poderá concretizar-se.
O combate político num país que vira crescentemente à direita agudiza-se à volta deste projecto académico que divide os húngaros e torna Órban politicamente ainda mais agressivo.
CULTURA & ESPETÁCULOS
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2021-10-17T07:00:00.0000000Z
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