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Mariana Gaio Alves

Esta semana foi conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2022. A análise da mesma não permite confirmar o anunciado aumento de 547 milhões de euros para o Ensino Superior e Ciência. Esse valor resulta da diferença entre orçamento executado em 2021 e previsto para 2022, mas o que foi orçamentado no ano anterior não foi nem se prevê que seja executado na sua totalidade até 31 de dezembro. Fazendo as contas com os dados disponíveis no momento, a proposta de aumento será de apenas cerca de 135 milhões de euros. Um aumento tão exíguo é incompreensível e inaceitável

PÓS-PANDEMIA EXIGE REFORÇO DO FINANCIAMENTO DO SUPERIOR

num setor em que a escassez de verbas é recorrentemente apontada como a razão que impede a melhoria das condições de trabalho de professores e investigadores. Também não se vislumbram sinais da célebre “bazuca”, identificando-se um montante de apenas cerca de 219 milhões de euros para este setor no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência. Tudo isto é tanto mais preocupante quanto a aposta na Ciência e na qualificação da população portuguesa no período pós-pandemia exige um reforço do financiamento para as instituições de ensino superior e ciência. Ora, infelizmente, esse reforço não está previsto nem minimamente assegurado na proposta de orçamento para o próximo ano.n

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2021-10-17T07:00:00.0000000Z

2021-10-17T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/282127819667602

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