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UMA COPEIRA DAVA CALMANTES A DOENTES INTERNADOS EM COIMBRA PARA LHES FURTAR OBJETOS DE OURO.

ACUSAÇÃO → Dava calmantes a pacientes frágeis internados nos HUC e retirava objetos de valor MORTE → Um utente acabou por morrer, sendo por isso acusada de roubo agravado pelo resultado

PAULA GONÇALVES

No início do turno, a copeira, 53 anos, passava pelas enfermarias onde trabalhava nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) e verificava quais os doentes que usavam peças em ouro. Selecionava as vítimas mais vulneráveis e frágeis, normalmente idosos, administrava-lhes substâncias narcóticas e roubava-lhes os bens. A alguns pacientes mais dependentes retirava-lhes os anéis à força dos dedos ou os brincos das orelhas.

Através deste esquema, a mulher, agora acusada pelo Ministério Público, roubou vários

ACUSADA JÁ TINHA SIDO CONDENADA EM 2019 POR FURTAR OURO A IDOSOS

doentes internados nos HUC. Na acusação são identificadas 17 vítimas em 2020, mas admite-se que o número seja superior. Um dos doentes acabou por morrer “em resultado da ingestão de Alprazolam administrado pela arguida e no contexto das suas patologias pré-existentes associadas”, refere o despacho. A suspeita é, assim, acusada de roubo agravado pelo resultado morte.

O modo de atuação foi sempre o mesmo. Depois de selecionar as vítimas, a copeira administrava os calmantes - que triturava em casa - na bebida que servia ao lanche aos doentes. Ao jantar, depois das substâncias fazerem efeito, roubava os objetos, que depois vendia em lojas de compra de ouro usado.

A arguida, que está em prisão preventiva, já foi condenada em 2019, em conjunto com o filho, por furto de objetos em ouro pertencentes a idosos para quem trabalhava. Na altura, foi punida com uma pena de multa que ainda estava a cumprir na data em que drogou e roubou os doentes que estavam internados nos HUC.n

OPINIÃO

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2021-10-17T07:00:00.0000000Z

2021-10-17T07:00:00.0000000Z

http://quiosque.medialivre.pt/article/282007560583314

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